Cotidiano

Dívida pública sobe 1,53% e chega a R$ 3,582 trilhões

Brasília – A Dívida Pública Federal – que inclui o endividamento interno e externo do Brasil – teve aumento de 1,53% e passou de R$ 3,528 trilhões em janeiro para R$ 3,582 trilhões em fevereiro, segundo informou ontem, em Brasília, a Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.

Esse aumento da dívida, de acordo com o Tesouro, ocorreu por conta da emissão líquida de títulos, no valor de R$ 28,51 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 25,55 bilhões.

A DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal interna) – que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais – teve o estoque ampliado em 1,50%, ao passar de R$ 3,405 trilhões para R$ 3,456 trilhões, devido à emissão líquida, no valor de R$ 28,91 bilhões, e pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 22,41 bilhões.

O estoque da DPFe (Dívida Pública Federal Externa), captada do mercado internacional, teve aumento de 2,23% sobre o estoque apurado em janeiro, encerrando o mês de fevereiro em R$ 125,59 bilhões (US$ 38,70 bilhões), sendo R$ 112,92 bilhões (US$ 34,80 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 12,66 bilhões (US$ 3,90 bilhões), à dívida contratual.

De acordo com o Plano Anual de Financiamento, a dívida pública poderá fechar este ano entre R$ 3,78 trilhões e R$ 3,98 trilhões.

Endividamento

A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta.

Além disso, pode ocorrer assinatura de contratos de empréstimo para o Tesouro, tomado de uma instituição ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos.

Em janeiro, os maiores detentores da dívida pública eram os Fundos de Investimento, com 27,35% da dívida. Os Fundos de Previdência ficaram em segundo lugar, com uma participação relativa de 24,43%. O grupo Previdência apresentou variação negativa em seu estoque, passando de R$ 850,54 bilhões para R$ 844,44 bilhões, entre janeiro e fevereiro.

Em seguida, estão as instituições financeiras com 21,96%, grupo que elevou o estoque em R$ 34,17 bilhões, chegando a R$ 759,23 bilhões. Os investidores estrangeiros concentraram 12,39% da dívida; o governo, 4,40%; as seguradoras, 3,88%; e outros, 5,59%.

EUA e 14 países da UE expulsam diplomatas russos

Washington – Governos de ao menos 15 países, entre eles os Estados Unidos, anunciaram ontem a expulsão de diplomatas russos, em reação ao envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal no Reino Unido. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que vai expulsar 60 diplomatas e fechar o consulado russo em Seattle.

A Ucrânia decidiu expulsar 13 diplomatas; França, 4; a Alemanha, 4; a Polônia, 4 ; a República Tcheca, 3; a Holanda, 2; a Lituânia, 3; a Estônia, 3, e a Letônia, 1.

As ações atendem a pedido feito pela primeira-ministra britânica, Theresa May, semana passada. O Reino Unido culpa a Rússia pelo envenenamento de Skripal e de sua filha, Iulia, em Salisbury, na Inglaterra, pelo agente neurotóxico Novitchok.

O Kemlin não havia se pronunciado até ontem à tarde. O embaixador russo nos EUA afirmou que Trump está “destruindo o pouco que sobrou” nas relações entre os dois países.

A União Europeia confirmou que 14 países haviam decidido expulsar diplomatas russos e que medidas adicionais não estão descartadas.

Essa não é a única briga de Vladimir Putin, reeleito este mês como Presidente da Federação Russa, sem surpresas, com mais de 56 milhões de votos, 76,6% de um total de mais de 73 milhões de votos.

Consolidada a posição de Putin como principal figura da Rússia, confira quais são os outros desafios internacionais do líder russo nesta matéria de Filipe Figueiredo.