Cotidiano

Dívida pública federal tem leve recuo e alcança R$ 2,955 trilhões

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BRASÍLIA – A dívida pública federal apresentou leve redução em agosto. Relatório divulgado pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira mostra que o estoque foi reduzido em R$ 1,32 bilhão (0,04%) em relação a julho e ficou em R$ 2,955 trilhões. Segundo o documento, o governo fez um resgate líquido de títulos públicos no valor de R$ 33,17 bilhões em agosto, mas os juros que corrigem o estoque somaram R$ 31,84 bilhões, o que anulou a maior parte da redução que o endividamento poderia ter. Segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida deve terminar o ano num intervalo entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.

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Em agosto, as emissões de papeis no mercado somaram R$ 66,38 bilho?es, enquanto os resgates alcanc?aram R$ 99,55 bilho?es. Isso resultou num resgate líquido de R$ 33,17 bilho?es. A maior parte dos títulos ofertados aos investidores foram prefixados (R$ 36 bilhões). Eles são mais vantajosos para o Tesouro porque sua remuneração é acertada previamente, o que dá ao governo maior previsibilidade na gestão da dívida. No caso dos resgates, os papeis corrigidos pela inflação foram os destaques: R$ 98,84 bilhões.

De acordo com o relatório, parcela dos ti?tulos com remunerac?a?o prefixada no estoque aumentou, passando de 35,23%, em julho, para 36,85%, em agosto. A participac?a?o dos ti?tulos indexados à inflação, por sua vez, caiu, passando de 34,25% para 31,82% no mesmo período. Ja? a fatia dos papeis remunerados pela taxa Selic subiu de 26,16% para 26,94% do estoque.

Segundo o Tesouro, os investidores estrangeiros voltaram a reduzir sua participação na dívida. Ela caiu de 16,23% para 15,67% entre julho e agosto, sendo que seu estoque decresceu R$ 16,06 bilho?es. Já as instituições financeiras aumentaram sua fatia no endividamento. Ela passou de R$ 647,29 bilho?es (22,85%) para R$ 659,66 bilhões (23,31%). Os maiores detentores continuam sendo os fundos de Previdência, com R$ 696,42 bilhões (24,61%).

Em agosto, o custo me?dio das emisso?es de papeis em oferta pública ficou maior em 0,17 ponto percentual, passando para 14,56% ao ano. Em julho, ele era de 14,39% ao ano. O custo médio da dívida também cresceu nesse período. No período acumulado em doze meses, ele passou de 13,81% ao ano, em julho, para 13,92% ao ano, em agosto.