Cotidiano

Disputa acirrada no mercado

O valor do botijão de gás de cozinha na região tem diferença de até 33%. Em Cascavel, por exemplo, após reajuste anunciado pela Petrobrás o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) é vendido em botijões de até 13 kg com o preço médio de R$ 80. Já em Capitão Leônidas Marques, o mesmo produto é repassado ao consumidor ao custo médio de R$ 60.

Desde junho com a nova política de reajuste do GLP, o segmento enfrenta um momento turbulento e uma das justificativas para que haja tanta diferença de um mesmo produto em cidades tão próximas é a acirrada guerra de mercado.

“Podemos verificar que essas variações tão acentuadas ocorrem entre diferentes marcas que disputam a concorrência do mercado”, afirma o presidente da Abragás (Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás LP), José Luiz Machado, que também faz parte do Sinregás (Sindicato dos Revendedores das Distribuidoras de Gás do Estado do Paraná).

Subsídios

Segundo ele, durante 13 anos o GLP recebeu subsídios do governo e que a partir dos reajustes mensais aplicados pela Petrobrás, a venda tem se tornado inviável para o segmento. “Ouvimos que muitos estão fechando as portas por conta desse momento de dificuldade”.

O presidente da Abragás afirma que o preço médio do GLP de uso residencial no País é de R$ 65, mas que há regiões onde o produto já passa de R$ 100. “No Mato Grosso do Sul, por exemplo, já custa R$ 105”, completa Machado.

Variação

A variação do preço, segundo o presidente da Abragás, também pode ocorrer diante da existência de mercados clandestinos e, por isso, ele alerta o consumidor: “É preciso sempre pedir nota fiscal e verificar se a distribuidora está cadastrada na ANP [Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível]”.

Na região Oeste, o botijão de gás também é mais em conta em Marechal Cândido Rondon, onde é vendido pelo valor médio de R$ 61. Em Lindoeste é possível encontrar o botijão a partir de R$ 67 e em Foz do Iguaçu ao valor médio de R$ 67.