Cotidiano

Diretor do Bataclan diz que expulsou membros do Eagles of Death Metal de show do Sting; banda nega

62674957_TOPSHOT - People leave the Bataclan concert hall in Paris on November 12 2016 after the.jpgPARIS ? A informação de que dois integrantes do Eagles of Death Metal, incluindo o vocalista Jesse Hughes, foram forçados a deixar o show de Sting que marcou a reabertura do Bataclan, na noite deste sábado, foi negada pelo empresário da banda. O show marca a volta da casa exatamente um ano após o atentado terrorista que deixou 89 pessoas mortas. O EODM era a banda que se apresentava no momento que a tragédia ocorreu.

Em um comunicado enviado a “Billboard“, Marc Pollack, o empresário, disse que Hughes “nunca sequer tentou entrar na casa para o show de Sting.

“Ese dia não é sobre Jesse Hughes ou o Eagles of Death Metal. Na verdade, Jesse está em Paris para compartilhar as lembranças dos eventos trágicos de um ano atrás com seus amigos, família e fãs. Isso é sobre relembrar a trágica perda de vidas que ele testemunhou durante seu show, e o covarde Jules Frutos tem a necessidade de atrapalhar a reabertura de sua própria casa ao espalhar histórias falsas para a imprensa. Ele desperdiça uma oportunidade maravilhosa que poderia ser usada para espalhar paz e amor e diminuir o ódio. Jesse nunca sequer tentou entrar na casa para o show do Sting”, diz, na íntegra, o comunicado de Pollack.

Frutos é o co-diretor do Bataclan que, segundo a agência AFP, teria dito a um repórter as frases: “Eles vieram e eu os expulsei. Algumas coisas não tem perdão”. As críticas de Frutos a Hughes estão ligadas aos comentários feitos pelo vocalista do EODM, insinuando que a equipe de segurança do Bataclan sabiam que algo terrível iria acontecer naquela noite de novembro de 2015, alegando ter ouvido que vários seguranças não apareceram para trabalhar.

“Ele faz essas declarações incrivelmente falsas a cada dois meses”, disse Frutos. “É uma loucura, acusar nossos seguranças de terem sido cúmplices de terroristas. Basta. Zero. Isso tem que acabar”.

Então, o que realmente aconteceu do lado de fora do Bataclan? Ainda segundo a “Billboard”, Hughes está em Paris após ter sido convidado pelo prefeito da cidade para participar dos eventos que marcam o primeiro aniversário dos ataques de Paris, como as cerimônias de instalação de placas.

E o cantor foi visto do lado de fora do Bataclan no carro de um amigo e acompanhado por um segurança. O correspondente do site “Hollywood Reporter” em Paris diz que o forte esquema de segurança na área fez ser praticamente impossível a entrada sem ingresso. De acordo com uma fonte, Hughes estava ciente disse que não tinha intenção de assistir ao show. Mas ele, sim, andou pelo entorno da casa para lembrar a tragédia, conversar com fãs e refletir sobre o que aconteceu há um ano.

Enquanto isso, no interior da casa, Sting começou seu show com um discurso e, depois, pediu um minuto de silêncio ao público.

“Nós temos duas coisas importantes para fazer nesta noite”, disse, em francês. “A primeira é lembrar e homenagear aqueles que perderam suas vidas no ataque do ano passado. E a outra é celebrar a vida e a música dessa casa histórica”.