Cotidiano

Direito ao emprego foi suprimido por Dilma, diz ministro do Trabalho

201609081732261651.jpg

SAO PAULO – O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, aproveitou sua participação num evento em São Paulo nesta quarta-feira para esclarecer o que chamou de ?mal entendido? sobre declarações dadas por ele a respeito da mudança da jornada de trabalho. Garantindo ?jamais ter defendido a supressão de direitos ou o aumento da jornada diária?, ele também bateu duramente no governo Dilma Rousseff, atribuindo à gestão anterior a retirada de direitos.

? Quem suprimiu o maior de todos os direitos, o direito ao emprego, foi o governo passado, ao produzir a maior taxa de desemprego em 31 anos ? disparou.

Ao final de sua fala, o ministro saiu do auditório com passos apressados tentando evitar as perguntas de jornalistas.

O mal entendido citado por ele ocorreu há algumas semanas, quando defendeu a possibilidade de o trabalhador fazer jornadas diárias de 12 horas. Em seu discurso de hoje ele reforçou diversas vezes que a ideia é que o empregado possa acordar com seu empregador qual jornada é mais vantajosa para a atividade. No caso de quem combinar o expediente de 12 horas, ficaria também acordada a folga de 36 horas após o fim da jornada.

? Qualquer mudança estrutural tem como premissa o debate e o acordo ? frisou, repetindo que ?o governo não vai propor aumento da jornada de 44 horas semanais?.

Nogueira também afirmou considerar positivo que a reforma trabalhista seja levada para votação só no segundo semestre de 2017. Segundo ele, neste momento o importante é a solução da situação fiscal.

Reforma trabalhista: saiba o que pode ou não ser mudado