Saúde

Dinamarca sacrificará 17 milhões de animais para conter mutação do coronavírus

Visons serão abatidos após ter sido identificada uma mutação do coronavírus nos animais que já foi transmitida para pelo menos 12 pessoas

Dinamarca sacrificará 17 milhões de animais para conter mutação do coronavírus

Autoridades da Dinamarca ordenaram o abate de todos os visons em criadouros do país – uma quantidade estimada em até 17 milhões – após ter sido verificada uma mutação do novo coronavírus nos animais que já infectou 12 pessoas. De acordo com o governo dinamarquês, o caso tem potencial para ameaçar a eficácia de uma futura vacina contra a covid-19.

Maior produtor global de visons – pequenos mamíferos usados na fabricação de casacos de pele – o país nórdico já havia abatido animais de fazendas anteriormente por causa de infecções pelo vírus, mas os surtos persistiram.

“A mutação do vírus via visons pode criar o risco da futura vacina não funcionar como deveria. É preciso abater todos os visons”, afirmou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, em uma coletiva de imprensa, realizada na quarta-feira (6/11).

Outros casos
A Dinamarca não é o primeiro país a tomar essa medida drástica. A Holanda e a Espanha também já abateram milhares de visons por preocupações semelhantes. Em agosto, a Holanda, depois de abater dezenas de milhares de animais, resolveu banir por completo a criação para a indústria de peles, após o registo de vários focos de infecção em criadouros.

Em maio, as autoridades holandesas já tinham decidido proibir o transporte de peles de visons em todo o país, depois que dois trabalhadores de um criadouro teriam contraído o novo coronavírus por meio desses pequenos animais.

À época, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, que diante das suspeitas, essas possíveis contaminações poderiam ser os “primeiros casos conhecidos de transmissão” do novo coronavírus de animais para seres humanos.

Em julho, quase 100 mil visons em uma fazenda no nordeste da Espanha foram sacrificados depois que muitos deles testaram positivo para o coronavírus. Um surto na província de Aragão foi descoberto depois que a esposa de um funcionário de um criadouro contraiu a doença em maio.

Fonte: Metrópoles