Saúde

Dia Mundial do Rim terá ação especial em frente a Catedral

Hidratação tem importância fundamenta para a manutenção da saúde renal

Dia Mundial do Rim terá ação especial em frente a Catedral

Cascavel – Nesta quinta-feira (10) quem passar em frente à Catedral Nossa Senhora Aparecida, no centro de Cascavel, poderá receber orientações relacionadas a saúde renal, ação alusiva ao Dia Mundial do Rim. O evento será realizado das 8h às 19h pela equipe de profissionais da Clínica Nefro Saúde, período em que serão repassadas informações sobre a doença e os participantes ainda poderão participar de atividades interativas e realizar exames de forma gratuita.

O local da ação foi escolhido como forma estratégica, para que possa ser abordado um grande número de pessoas, com perfis diferentes. Durante a ação será distribuído um material impresso da Sociedade Brasileira de Nefrologia, realizadas palestras, exame de creatinina para avaliação da função renal e também a distribuição de água mineral, como forma de conscientização da importância da hidratação para a manutenção da saúde renal.

O dia foi instituído em 2006 por meio de uma campanha realizada pela Sociedade Internacional de Nefrologia e coordenada no Brasil pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, sempre lembrado na segunda quinta-feira do mês de março que, neste ano, tem como tema a: “Saúde dos rins para todos: educando sobre a doença renal”. A ação terá ainda o apoio de várias empresas locais do setor de saúde.

A médica nefrologista, Rubia Biela Boaretto, explicou que o trabalho dos rins é extremamente importante para o funcionamento do corpo, desempenhando uma série de funções, como filtrar o sangue, eliminar as toxinas do corpo, manter a normalidade da composição corporal, como os níveis de potássio e o pH, controlar a quantidade de sal e água do organismo regular a pressão arterial, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, entre outras.

 

140 mil

Dados apontam que atualmente existem cerca de 140 mil brasileiros com problema de funcionamento dos rins, gerado pela doença renal crônica, que é causada por uma lesão irreversível nos rins, mantida por três meses ou mais e que afeta uma em cada 10 pessoas no mundo. A estimativa é que o problema se torne até o ano de 2040, a 5ª maior causa de morte no planeta.

Renata Bezerra Sedlacek, especialista em clínica médica e nefrologia, salientou que o bom funcionamento dos rins é essencial para a vida. “Queremos reforçar a importância de incentivar a população geral e os pacientes renais crônicos a adotarem um estilo de vida saudável, capacitar os pacientes renais e suas famílias para que alcancem mais qualidade de vida, incentivar e apoiar médicos da atenção primária a melhorarem o conhecimento e a condução da doença renal crônica, além de informar os gestores públicos sobre o impacto da doença nos orçamentos e sistemas de saúde, incentivando que mais recursos possam ser disponibilizados para prevenção”, destacou.

 

Paulinha Abelha

Apesar do foco da campanha estar na insuficiência renal crônica, que é caracterizada pela perda progressiva da função renal, a data se volta à saúde do rim em todos os aspectos. Por isso, uma notícia recente é um alerta sobre os cuidados para manter o órgão funcionando bem, que veio à tona com a morte da vocalista da Banda Calcinha Preta, Paulinha Abelha.

Exames preliminares apontaram que a artista teve um quadro de insuficiência renal aguda, que gera uma diminuição rápida nas funções renais, o que pode acontecer em horas ou dias. No caso da cantora, foram 12 dias de internação.

A suspeita é de que o uso de remédios para emagrecer e chás diuréticos tenham causado o problema. O uso indiscriminado dessas substâncias é hoje uma preocupação na comunidade médica. “Nem tudo o que é natural não faz mal. Os rins, juntamente com o fígado, são responsáveis pela metabolização e eliminação de diversas substâncias, portanto, todo suplemento usado de forma abusiva pode ser prejudicial ao órgão”, esclareceu a médica Rubia Biela Boaretto.

 

Transplantes

A coordenadora da OPO (Organização de Procura de Órgãos) da Secretaria Estadual de Saúde, Patrícia dos Santos Duarte, explicou que o trabalho consiste na abertura de protocolo de morte encefálica nos hospitais da macrorregião e confirmada a morte os profissionais abordam as famílias para a possível doação. Devido as exigências de novos protocolos diante da pandemia da Covid-19, a região de Cascavel não realizou nenhum transplante no ano passado. No Paraná foram 437, sendo 410 transplantes de doador falecido e 27 de doadores vivos.