Cotidiano

Deutsche Bank pode pagar US$ 14 bi para encerrar processos da crise financeira

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WASHINGTON – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos propôs ao Deutsche Bank pagar US$ 14 bilhões para encerrar investigações em torno da venda de títulos lastreados em hipotecas que resultou na crise financeira de 2008, informaram fontes próximas ao assunto ao jornal ?The Wall Street Journal? nesta quinta-feira. O montante, acima da estimativa de investidores, está entre os maiores valores a serem pagos por outros bancos em casos similares.

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Segundo o jornal, o valor é preliminar e foi cogitado em negociações recentes entre o banco e autoridades americanas. O banco deve se posicionar contra ao montante. Não foi especificado quanto será pago em dinheiro. Com base em acordos anteriores, analistas de mercado esperavam uma multa entre US$ 2 bilhões e US$ 5 bilhões.

Assim como outros gigantes de Wall Street, o Deutsche Bank é acusado de agupar empréstimos hipotecários podres e vendê-los como títulos seguros, ajudando a alimentar uma bolha no aumento de preços domésticos.

O banco não informou quanto resguardou antecipadamente para o resolver a questão legal. De acordo com o ?WSJ?, em 30 de junho, a instituição tinha provisionado US$ 6,2 bilhões em reservas.

Fontes familiares às discussões internas do Deutsche Bank afirmam que o banco considera razoável uma penalidade entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões.

Outros grandes bancos de Wall Street já firmaram acordos multibilionários para solucionar questões legais por terem enganado investidores sobre a qualidade dos títulos oferecidos. Até agora, a maior penalidade ? US$ 16,65 bilhões ? foi destinada ao Bank of America, em 2014. O Goldman Sachs concordou em pagar US$ 5 bilhões em agosto.

Juntos, Citigroup, JP Morgan e Morgan Stanley pagaram mais de US$ 23 bilhões de multa. Outros bancos europeus ainda estão sendo investigados, entre eles Barclays, Credit Suisse, UBS e Royal Bank of Scotland, segundo fontes do ?WSJ?.