Cotidiano

Destinação final de resíduos em Cascavel preocupa autoridades

Há anos, as empresas terceirizam o serviço para empresas especializadas, os populares ?caçambeiros?

Cascavel – O secretário do Meio Ambiente de Cascavel, Luiz Carlos Marcon, afirmou na reunião mensal do Sinduscon-Oeste (Sindicato da Indústria da Construção Civil Oeste do Paraná) que a destinação final incorreta dos resíduos da construção civil e de outras naturezas é um dos problemas mais graves que a cidade vivencia hoje.

Preocupado com o tema, ele discutiu com empresários, engenheiros civis e arquitetos que participaram do encontro, realizado na noite de segunda-feira, na sede do sindicato. Há anos, as empresas de construção terceirizam o serviço para empresas especializadas, os populares “caçambeiros”.

De acordo com Marcon, hoje, existem 42 empresas coletoras de materiais de construção em Cascavel. No entanto, somente duas delas possuem licenças especiais como recicladores e atuam dentro das regras.

Como a destinação final dos produtos é municipalizada na cidade, o secretário disse que já vem alertando há muito tempo para que as empresas que agem incorretamente, jogando os detritos em fundos de vale, fazendas e terrenos baldios da cidade, entrem nos eixos senão serão as grandes prejudicadas.

 “Já multamos, denunciamos várias empresas criminalmente e mesmo assim não adianta. Como a destinação final aqui é municipalizada, nós talvez tenhamos que tomar uma atitude que não queríamos tomar: deixar somente as duas empresas com licenças especiais atuarem nesse ramo, deixando outras 40 de fora”, alertou.

Ele acredita que talvez essa seja a única forma de sanar o nível alto de poluição que está ocorrendo na cidade, causada por esses coletores.

O presidente do Sinduscon-Oeste, Edson Vasconcelos, disse que a entidade faz parte do comitê de elaboração do Plano de Logística Reversa de Cascavel e que pretende realizar um treinamento específico nas empresas sobre o tema, conscientizando tanto empresários como trabalhadores da importância do assunto e de cobrar das empresas terceirizadas que realizem a destinação correta.

No entanto, ele acredita que ainda assim a prefeitura deve se incomodar com os pequenos geradores de resíduos, nas pequenas obras.