Cotidiano

Despedida com alegria

Homem trabalhador e de bem com a vida. Essas são as virtudes principais de João Luiz Ferrari, natural de Porto União (SC). Além da família, ele tinha paixão pelo automobilismo e se dedicou sempre ao trabalho nessa área.

“Quando eu era menina tenho lembranças de vê-lo chegando da concessionária que trabalhava como chefe de oficina durante o dia, e na oficina em casa, virava a noite na preparação de motores de corrida”, recorda a filha Nathiele sobre o esforço do pai que preparava motores de automóveis para a categoria Marcas e Piloto.

Ferrari estudou apenas até a 8ª série e aprendeu inglês traduzindo os livros que encomendava dos Estados Unidos. Casado com Zelir Maria Ferreira, além de Nathiele teve os filhos Jackson e Edson. “Assim como ele me tinha como filho, via ele como pai”, diz Lúcio Silva, genro de Ferrari.

Chope e música

A proximidade com o sogro, fez com que Lúcio cumprisse o último desejo dele antes da despedida. A família, no entanto, não esperava tamanha repercussão com a decisão de levar ao velório máquina de chope e caixa de música.

“Ele pediu que o velório fosse feito com alegria, com chope, música e nada de tristeza. Para que os amigos pudessem recordar somente de boas histórias ao lado seu lado”, comenta Silva.

História

A filha confirma o desejo: “Ele sempre dizia que não queria tristeza quando ele morresse. Queria que todos brindassem com alegria”, diz Nathiele ao destacar as virtudes do pai. A história do pai, acrescenta ela, renderia um livro. “Ele foi um grande homem, batalhador, excelente pai e excelente esposo para minha mãe. Tinha um coração gigante e era capaz de doar até a própria roupa e ficar sem nada para simplesmente nos ver felizes”.

João Luiz Ferrari faleceu aos 70 anos no dia 27 de dezembro vítima de uma parada cardiorrespiratória em decorrência de uma pneumonia. O sepultamento foi no Cemitério Cristo Redentor. Ele deixa esposa, três filhos e seis netos.