Cotidiano

Descoberta no Chipre aldeia que pode ser a mais antiga de ilha do Mediterrâneo

O Chipre descobriu construções que datam de mais de 11 mil anos, um indício de que se trata da aldeia mais antiga descoberta em uma ilha do Mediterrâneo, anunciaram autoridades nesta terça-feira.

O departamento de antiguidades informou que mais de 20 construções foram completamente escavadas em Klimonas, perto da cidade costeira de Limassol, onde ?a mais antiga manifestação de agricultura e de um modo de vida de aldeia são datadas no mundo inteiro?.

O departamento destacou que as estruturas têm entre 10,5 mil e 11 mil anos ? o que significa que foram construídas pelo menos dois mil anos antes do assentamento mais antigo conhecido no Chipre, Khirokitia, próximo de Larnaca.

Ossos de animais, incluindo alguns de gatos e cachorros, também foram descobertos no local, que os arqueólogos acreditam terem sido enterrados a 5 mil metros.

?As construções foram feitas em pequenos terraços, com uma suave inclinação e de frente para o mar?, acrescentou o departamento de antiguidades.

A área de Klimonas contém ferramentas de pedra, como instrumentos de caça e artefatos de agricultura parecidos com os encontrados no Levante, no período Neolítico, afirmou.

?Ainda que o Chipre tenha sido separado do continente por mais de 70 quilômetros de mar, a ilha fez parte do desenvolvimento do Oriente no Neolítico?, de acordo com uma declaração do departamento.

As escavações foram conduzidas pelos especialistas franceses François Briois e Jean-Denis Vigne, disse o relatório, acrescentando que os habitantes de Klimonas provavelmente foram caçadores de pequenos pássaros e de porcos selvagens.