Todo verão é a mesma história. A combinação calor e chuva estimula o crescimento do matagal nos terrenos baldios e vira um problema sério para vizinhos. Uma vez, serviam apenas como esconderijos para bandidos. Hoje, a ameaça é ainda mais grave: a proliferação do mosquito Aedes aegypti e outros animais peçonhentos, como escorpiões, aranhas e cobras, que têm tirado o sono da Vigilância Sanitária.
Em Cascavel, por ano são emitidas cerca de 500 notificações a proprietários desleixados. Problema? Fica maior ainda. Isso porque, desses, apenas 30% se preocupam em limpar o local. O restante, está nem aí!
“A maioria dos proprietários só fica sabendo da multa quando recebe o carnê do IPTU. Isso sem contar que são pessoas que têm mais do que um terreno na cidade”, explica o secretário Juarez Berté.
Hoje a multa para quem deixa o mato tomar conta do terreno é de apenas R$ 2,10 o metro quadrado. Ou seja, um terreno padrão de 400 metros quadrados, a multa custa R$ 840.
“Após a notificação, o responsável terá o prazo de 30 dias para garantir a limpeza e, caso ocorra, terá desconto de 50% no valor da multa”, esclarece o secretário de Meio Ambiente.
Ignorados
A situação que se encontram dois terrenos na Rua Josephina Galafassi Venturin, no Jardim Veneza, em Cascavel, foi denunciada pelas famílias que moram no entorno, mas não conseguiram solução.
Em uma das áreas, o motivo da reclamação é o matagal, que alcançou a altura do muro. O proprietário não fez menção em limpar.
A denúncia foi feita à prefeitura pelo telefone 156, só que o problema não foi resolvido. Agora, os moradores cobram a prefeitura para que multe o proprietário.
No outro lote o agravante é o descarte de eletrônicos, lixos e entulhos que acumulam água e viram criadouro de insetos e animais peçonhentos.
Sem mão de obra
O secretário de Meio Ambiente, Juarez Berté, conta que houve casos em que a prefeitura limpou o terreno e o proprietário pagou pelo serviço. Só que agora, diante da equipe reduzida e da demanda de outros serviços, não é possível fazer essa parceria.
