Curitiba – Deputados estaduais paranaenses cobram dos governos federal e estadual pressa nas providências para iniciar a vacinação contra a covid-19 no Paraná. Médico, o deputado Tercílio Turini (CDN) diz que o Brasil precisa acelerar as medidas para iniciar a vacinação com urgência. Já o deputado Delegado Recalcati (PSD) encaminhou ao governo paranaense um pedido para que seja apresentado um Plano Estadual de Vacinação contra o coronavírus.
“Chegou o momento de o Brasil investir o quanto for necessário na compra da vacina para garantir a saúde dos brasileiros”, afirma Turini, lembrando que mais de 40 países já aplicam vacinas testadas cientificamente. “O Brasil não pode ficar adiando a decisão sobre a vacinação por questões políticas ou burocráticas. Já existem vacinas eficazes de diferentes laboratórios. O momento é de agir e salvar vidas”.
No documento enviado ao governo do Estado, o parlamentar pede prioridade para os servidores e os trabalhadores da segurança pública e privada.
O parlamentar destacou que esses profissionais são considerados essenciais e em momento algum deixaram de atuar na linha de frente, mesmo correndo risco de contaminação.
No ofício dirigido ao governador Ratinho Junior, o deputado pediu ainda prioridade para a imunização das seguintes categorias: policiais civis, militares, rodoviários, bombeiros, penais e científicos, agentes socioeducativos, guardas municipais e empregados da vigilância privada.
“Como representante da segurança pública no parlamento estadual, tenho a obrigação de assegurar que os trabalhadores da área recebam tratamento prioritário”, disse Delegado Recalcatti. “Mas, obviamente, os profissionais da saúde deverão ser os primeiros a receber a vacina. Por isso, é que estou pedindo a apresentação de um Plano de Imunização”.
Ratinho diz que governo espera liberação da vacina em janeiro
O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), afirmou que o Estado possui estoque de 8,9 milhões de seringas e agulhas para iniciar a vacinação contra a covid-19 assim que houver liberação da vacina no Brasil. A afirmação foi feita nessa terça-feira (5).
“Nós temos hoje 8,9 milhões de seringas e agulhas em estoque. Somos um dos estados que mais têm. Então temos essa tranquilidade quando chegar a vacina”, disse.
O anúncio acontece em meio à determinação do governo federal de suspender a exportação dos materiais. Na última semana, um primeiro pregão realizado pelo Ministério da Saúde para aquisição de seringas conseguiu apenas 24% da oferta necessária para iniciar a vacinação no País.
Após o resultado, o ministério requisitou agulhas e seringas a fabricantes, em uma medida prevista na Constituição Federal. Segundo a associação que representa a categoria, serão repassadas 30 milhões de unidades até o fim de janeiro.
Segundo Ratinho Junior, o governo espera que as vacinas cheguem ao Paraná até o fim deste mês para que a campanha de imunização da população inicie em fevereiro. “Estamos planejados para que, se Deus quiser, a vacina chegue no fim de janeiro e comecemos a vacinar no começo de fevereiro”, declarou.
O governador disse ainda que o Estado tem quase 1.980 postos para vacinação catalogados e organizados para iniciar a imunização.
Vacinação e controle da pandemia são principais desafios para 2021
A secretária de Saúde de Foz do Iguaçu, Rosa Jeronymo Lima, disse nessa terça-feira (5) que a vacinação da população contra o coronavírus e o controle da pandemia da pandemia da covid-19 são os desafios imediatos para 2021. Entre as prioridades, estão ainda a humanização no atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde) e a retomada das cirurgias eletivas e exames de alta complexidade.
“O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, garantiu ao prefeito Chico Brasileiro que teremos a vacina entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. O Estado também disponibilizará os insumos necessários [seringas e agulhas, bem como equipamentos de refrigeração], embora tenhamos estoque de seringas e agulhas para atender a demanda”, disse Rosa.
Segundo ela, a cidade estará com toda a logística organizada para receber o imunizante e vacinar a população. “Iniciaremos a vacinação de acordo com as orientações do Ministério da Saúde, atendendo de imediato os grupos prioritários como os profissionais de saúde e os idosos”, completou.
