Cotidiano

Deputados belgas rejeitam proposta de acabar com cerveja no Parlamento

STELLA ARTOIS BREWERY

BRUXELAS ? Na terra de Tintin, dos bares sem hora para fechar e dos waffles, outra tradição se destaca: a cerveja. A paixão dos belgas pela bebida é tão grande que chegou até o Parlamento, onde, desde dos anos 90, os deputados recebem cervejas e vinhos de forma gratuita durante as sessões. A justificativa? Limitar a saída dos parlamentares para pegar bebidas.

Porém, um comitê de ética apresentou uma proposta ao líder da câmara, Siegfried Bracke, para que proibisse a distribuição durante as reuniões. O órgão argumenta que o mau comportamento de alguns políticos poderia se reduzir consideravelmente sem acesso ao álcool. A mudança, segundo eles, ?aumentaria a qualidade do debate?.

Para Donny Pieters, do comitê de ética, ?alguns membros da câmara tendem a ficar desagradáveis após beberem?, notando que não é comum no país que ambientes de trabalho tenham bebidas alcoólicas liberadas.

Mas Bracke, após reunião com outros líderes partidários, decidiu rejeitar a proposta na última sexta-feira, argumentando que era ?um problema inexistente?.

A cerveja e o vinho foram introduzidos há quase três décadas no Parlamento, quando o então presidente da casa, Herman de Croo, observou que muitos deputados se ausentavam dos debates para tomar alguma coisa nas cafeterias e bares ao redor do prédio.

A Bélgica possui hoje 180 cervejarias próprias.