Cotidiano

Deputados atacam falta transparência e de obras

Durante o debate, os deputados consensuaram que os atuais contratos são prejudiciais à economia do Estado

Cascavel – Ao todo, 11 deputados estaduais participaram na manhã de ontem, no auditório da Acic, da audiência da Frente Parlamentar Contra a Prorrogação dos Contratos do Pedágio, que também teve a participação de líderes dos mais diversos setores produtivos e organizados de Cascavel e cidades vizinhas.

Durante o debate, os deputados consensuaram que os atuais contratos são prejudiciais à economia do Estado e que as concessionárias não fizeram as obras que deveriam fazer, razão pela qual a prorrogação não faz nenhum sentido.

Coordenador da Frente, o deputado Ademir Bier disse que as audiências que são realizadas nas principais cidades do Estado – ontem à tarde houve outra em Foz do Iguaçu – são um esforço da Assembleia para corrigir um erro histórico e que custa muito caro a um dos estados mais pujantes do País. “Não há transparência e o pedágio que temos hoje não atende aos interesses dos paranaenses”, afirmou.

R$ 100 MILHÕES

O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, foi convidado para apresentar números de um estudo que comprova o tamanho do impacto do pedágio no agronegócio da região. Ele afirmou que o custo anual, apenas ao setor, é superior aos R$ 100 milhões. “Esse é um dinheiro que sai do bolso dos agricultores e que poderia contribuir para elevar a qualidade de vida dos oestinos e dos paranaenses”.

ÚLTIMA PALVRA

Segundo Ademir Bier, 32 dos 54 deputados estaduais haviam autorizado, até ontem, a inclusão de seus nomes nesse esforço da Assembleia Legislativa para criar uma regra que dificulte a tese da prorrogação dos atuais contratos. Esse número é suficiente para aprovar, na próxima semana, o projeto dos deputados Tercílio Turini e Douglas Fabrício que repassa à Alep a responsabilidade de dar a palavra final sobre como conduzir a questão do pedágio de agora em diante.