Cotidiano

Deputado Rodrigo Pacheco busca apoio para assumir Ministério da Justiça

BRASÍLIA – Candidato a ocupar a vaga deixada por Alexandre de Moraes no Ministério da Justiça, o deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) tem se movimentado intensamente nos últimos dias para conseguir a nomeação do presidente Michel Temer.

Além de contar com o apoio de parte da bancada do PMDB na Câmara, Pacheco já conversou com lideranças políticas como o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, entre outros.

Pacheco é visto como um ?bom nome? por Maia e também tem a simpatia de Aécio. Ele é considerado um integrante do ?PMDB do A? em Minas, ou seja, mais próximo ao grupo do senador tucano que os peemedebistas ?do P?, aqueles que apoiam o governador Fernando Pimentel.

Vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) levou o pleito a Michel Temer e ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Segundo o deputado, o presidente respondeu que iria analisar o pedido.

? Eu falei com o presidente pela primeira disso na terça-feira. Disse que o nome do Rodrigo está à disposição, que Minas, historicamente, sempre participou do governo e que estava inviável para a bancada não ter ministro. Estamos oferecendo um nome que tem todas as condições de ser ministro da Justiça ? afirma Ramalho.

O deputado diz ter conseguido apoio do presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), e do líder da bancada, Baleia Rossi (SP). E disse estar otimista quanto à eventual nomeação de Pacheco para o cargo.

Como mostrou O GLOBO na terça-feira, em busca de ampliar seu espaço no governo, parte da bancada do PMDB passou a fazer lobby para que Pacheco seja nomeado ministro da Justiça. Ele é advogado criminalista e será indicado para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Ontem, a cúpula tucana deu sinal verde para que o presidente escolha seu amigo pessoal, o advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, para o Ministério da Justiça. Mas, segundo o Blog do Moreno, Temer teria desistido de indicar Mariz por conta da polêmica envolvendo suas posições contrárias a aspectos da Operação Lava-Jato.

Neste cenário, junto ao fato de Temer estar sendo cobrado por mais espaço pelo PMDB, especialmente na Câmara, onde a reforma da Previdência começa a tramitar, crescem as chances de o presidente acolher uma indicação da bancada para a pasta.