A divulgação da lista de espera por consultas com médicos especialistas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Cascavel ganhou transparência e o processo pode ser acompanhado diariamente pela internet, porém o que ainda falta é um número maior de profissionais para que pacientes que constam em uma fila extensa sejam atendidos.
Segundo a Secretaria de Saúde, há uma média de 35 mil pacientes que aguardam pela primeira consulta com especialista e outros 12 mil que necessitam do retorno ao médico. Os especialistas atendem pelo CAE (Centro de Atenção Especializada) e pelo Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná) e hoje a maior demanda é por consultas com oftalmologistas.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Cascavel, João Maria Oliveira, destaca que recursos por parte do Estado auxiliaram em cirurgias nessa especialidade, mas que ainda assim não foram suficientes. “Percebemos que os médicos não dão contam, pois se dividem em outros compromissos com clínicas particulares e consultórios”, afirma.
Segundo Oliveira, o município atualmente é o que mais tem destinado investimentos às consultas de especialidades e responsável por mais da metade das consultas realizadas no Cisop.
“Ainda assim observamos a necessidade de contratação de mais profissionais especialistas, pois o número de pacientes que esperam pela consulta hoje é preocupante”, ressalta. Na quinta-feira a mesa diretora do Conselho Municipal de Saúde se reunirá e na pauta estarão essa e outras reivindicações da população.
Atendimento primário
O encaminhamento à especialista ocorre após consulta inicial em unidades básicas da saúde do município. Frequentemente há críticas da população que depende do serviço público para conseguir agendamento e é comum pessoas enfrentarem filas. No caso de idosos há amparo legal para prioridade no atendimento.
Critérios
A Secretaria de Saúde de Cascavel explica que o agendamento de consultas segue critérios diferenciados a propósito das diferentes unidades.
“As UBS [Unidades Básicas de Saúde] atendem na forma de distribuição de fichas. Já as USFs [Unidades de Saúde da Família] trabalham com o sistema de livre demanda com avaliação, por parte da equipe de enfermagem, sem fichas e senhas, e pacientes são direcionados para os respectivos atendimentos conforme a necessidade individual de cada um”.
