Cotidiano

Dejetos humanos no Rio Cascavel

O trabalho com extensão e pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), é um case de sucesso. São diversos projetos de áreas distintas que contribuem para a sociedade de várias maneiras. E um desses projetos identificou poluentes humanos no principal rio da cidade, o Cascavel.

Intitulado “Avaliação Cronológica na composição da mata do parque Paulo Gorski e sua influência na qualidade da água do Rio Cascavel por indicadores microbiológicos”, o projeto de pesquisa coordenado pela professora Fabiana Gisele da Silva Pinto, consiste na coleta de amostras da água do rio Cascavel e busca identificar os micro-organismos ali presentes.

O resultado de coleta das amostras evidenciou que o Rio Cascavel vem sofrendo com a poluição humana. Foram encontradas amostras de E. Coli tanto de animais presentes na região, quanto de origem humana. “Nós conseguimos por meio perfil molecular identificar tanto amostras oriundas de animais, como amostras oriundas de provavelmente contaminação humana. Após a identificação das possíveis fontes de contaminação, sabemos que em relação as de origem animal não há muito o que fazer, pois são bactérias ambientais que não apresentam problemas. Agora como temos amostras de perfil humano encontradas lá, nos dá um indicio de que tenha algum esgoto clandestino de origem humana indo para o rio. Então isso deve ser identificado para saber de onde vem, para que seja remediado e não volte a acontecer. No entanto, não se sabe ainda, onde fica localizado o foco de contaminação” afirma Fabiana.

Foco principal

O objetivo principal do projeto é fazer o monitoramento mensal da água do rio, desde sua nascente até alguns pontos mais abaixo dentro do município de Cascavel. A primeira publicação acerca dessa temática foi realizada em 2010, ainda como um TCC. Anos depois a professora resolveu resgatar o material e realizar uma pesquisa, dessa vez mais aprofundada, sobre as condições do rio.