Cotidiano

Déficit habitacional no Estado é de 350 mil casas

No campo, mais de 100 mil unidades precisam da regularização fundiária

Cascavel – Um estudo apresentado pela Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) ontem em Cascavel revela números preocupantes com relação à necessidade de unidades habitacionais no Estado. No Paraná, o déficit é de 350 mil casas. O levantamento foi feito com base em dados entre os anos de 2010 e 2015.

Desde 2011 foram entregues 100 mil moradias em todo o Estado, mas mesmo assim a deficiência ainda é grande. “Devemos considerar que muitas famílias fazem cadastro em mais de um município de origem, mas mesmo assim sabemos que é preciso avançar muito nesse contexto”, revela o diretor de regularização fundiária da Cohapar, Nelson Justos.

O estudo também foi apresentado durante reunião na Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), na sede em Cascavel, durante um workshop da Cohapar.

Para facilitar a atualização dos dados dessas famílias que precisam de casa, o setor enfatiza o cadastro online, que funciona desde agosto: “Com ele podemos ter um controle melhor. As famílias que necessitam da moradia podem fazer o cadastro pela internet. Claro que a Cohapar fará a conferência, mas é um cadastro eficiente e que vai auxiliar na atualização desse mapeamento”, explica.

No campo

O levantamento também apurou a situação do campo. Segundo a Cohapar, há mais de 100 propriedades rurais sem matrícula própria. Nesse caso, os números podem ser muito maiores, visto que muitas pessoas não informam a necessidade de regularização por ter um “contrato” de compra e venda que, na prática, não tem validade. “É um desafio muito grande do governo do Estado, pois há municípios em que até o terreno da prefeitura não é regularizado. São loteamentos em que as construtoras começaram e não concluíram as obras, ou abandonaram, e os terrenos ficaram sem as matrículas”, explica Justus.

A garantia do Estado é de que há recursos disponíveis para fazer pelo menos 50 mil regularizações fundiárias até o fim de 2018. Contudo, não há metas para sanar o déficit habitacional.