Cotidiano

Daniel Brunet lança livro na tradicional roda de samba de Dorina

2016 908180459-brunet e dorina_7698.jpg_20160509 (2).jpgRIO ? Para saber se a roda é boa, basta ver se Dorina está lá, dizem. Não à toa, a já consagrada cantora, há oito anos no comando da Roda dos Suburbanistas, ganhou um verbete no livro ?Segunda-feira, a história do samba do trabalhador?, do jornalista Daniel Brunet, também nascido e criado na Zona Norte. No mês em que se celebram as mães e os trabalhadores, ela decidiu abrir um espaço em seu evento mensal ? realizado no terceiro domingo de cada mês, na Lona Cultural João Bosco ? para o lançamento da obra, com sessão de autógrafos, amanhã. Será uma tarde dedicada à prosa sobre a importância dos estudos e da disseminação do samba, das 16h às 21h, intercalada com a apresentação do grupo Samba D?Irajá, ilustre convidado da vez.

Brunet já morou na Vila Kosmos e na Vila da Penha, bairros vizinhos de Vista Alegre, onde, então adolescente, frequentava a lona. O convite para voltar ao local divulgando seu trabalho foi aceito de bom grado.

? A Dorina é uma artista importante para o samba no Rio, independente e batalhadora. Além de ser uma ótima cantora e estar constantemente homenageando grandes nomes da nossa música, é uma empreendedora do samba. Um dos cem verbetes que escrevi é sobre ela, que sempre dá canja no Samba do Trabalhador ? diz o autor do livro, referindo-se ao evento que reúne mais de mil pessoas a cada edição no Renascença Clube, no Andaraí.

Além da Roda dos Suburbanistas, Dorina já organizou eventos como o I Festival de Partideiros e o As Novas Caras do Velho Samba. Ela é ainda cofundadora do Bloco Suburbanistas, com Luiz Carlos da Vila e Mauro Diniz; e do Bloco Mulheres de Zeca, em homenagem a Zeca Pagodinho.

Samba é história e, há 21 anos, se confunde com a vida da carioca criada no subúrbio.

? Cresci em quintal, escutando e cantando samba. Morava próximo à família do Zeca e fazíamos grupos de chorinho na rua ? conta a artista.

Ora é roda de samba, ora é roda de cura o festejo tradicional organizado por ela em Vista Alegre.

? Hoje, para o samba sobreviver, até para artistas como eu, com vários CDs lançados, são necessárias as rodas. Já temos um público fiel aqui, que faz até festa de casamento ou comemora separação. Um frequentador diz que ela é seu salva-vidas quando está mal ? conta Dorina.

Para o mês que vem, a cantora prepara um show em homenagem aos 70 anos de Aldir Blanc, o ?Sambas de Aldir e ouvir?, na Tijuca.

Lona Cultural João Bosco ? Av.São Félix 601, Vista Alegre. Amanhã, das 16h às 21h.

Ingresso: R$ 20 (os primeiros 300 pagam meia).