Educação

Curso de Arquitetura e Urbanismo monta exposição de artes

Em uma releitura, telas retratam a realidade atual a partir de linguagens artísticas do século XIX e XX

Curso de Arquitetura e Urbanismo monta exposição de artes

Um bom traço, um olhar atendo, uma curiosidade e uma veia artística. Assim se mostra um arquiteto, profissional que tem a criatividade como marca indiscutível. Esse talento é nato, mas, na Universidade Paranaense – Unipar, todos esses dons são aguçados.

Um evento importantíssimo do curso e que todos os anos surpreende é a exposição “Marcas do Nosso Tempo – Releituras”, produzida na disciplina de Estética e História da Arte, ministrada à turma da 1ª série pelo professor Emerson Santos. Em virtude da pandemia, não teve público externo, mas teve a mesma dedicação e talento dos anos anteriores.

Fazendo um apanhado histórico, o professor explica que, dentre as linguagens artísticas estudas a partir do final do século XIX e início do século XX, têm-se o Impressionismo, o Expressionismo, o Fauvismo, o Cubismo, o Dadaísmo, o Surrealismo, o Hard Edge, a Arte Pop, o Minimalismo, a Arte Conceitual, entre outros.

“Essas linguagens tiveram um ponto em comum, que era a busca pela liberdade de expressão. Essa liberdade que, em pleno século XXI, ainda discutimos. Portanto, a proposta nasce de uma releitura de qualquer obra advinda dessas linguagens, emoldurando e retratando nossa realidade atual”, conta.

O trabalho reuniu 13 quadros, retratos que reforçam a emancipação feminina, o preconceito, a pandemia, o tempo, as tecnologias e o desmatamento.

Segundo Santos, para o aluno de arquitetura, vale a pena conhecer as motivações sociais e históricas que acercam e influenciam as demandas da arquitetura ao longo do tempo. “Conhecer e compreender um passado próximo, por meio da arte e suas angulações antropológicas e sociais, é de certa maneira um exercício de vislumbrar o tempo que nos acerca… os movimentos… a vida em seus vários contextos e a arte como fomento de reflexão”, avalia.

Para o professor, foi um desafio artístico, lembrando que a maioria das assessorias aconteceu de forma remota: “Ao deparar com essa bela exposição sobre o tempo, é, sem dúvida, entender que nossos alunos, ainda que nos primeiros passos, compreendem as agruras do seu tempo e observam e interpretam muito bem os condicionantes artísticos do início do século XX para agora, e são capazes de empregar a técnica do passado em obras que elucidam as realidades de nosso tempo”.