BRASÍLIA ? O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara, atribuiu o adiamento da votação do recurso contra sua cassação ao presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA). Ele voltou a classificar o período de Maranhão à frente da Câmara como ?interinidade bizarra? e disse que o deputado age a serviço do PT.
? Nós temos um presidente interino a serviço do PT, da Dilma (Rousseff) e do Lula. Cansamos de ver isso que está acontecendo. Essa interinidade bizarra está provocando tudo isso. Não pode continuar do jeito que está ? disse Cunha, acrescentando:
? Uma sessão que começa 9h30 e vai até 17h30, não se sucede ao plenário. Nós temos uma situação casuística, que tem um intuito político daqueles que foram contra o impeachment e perderam as suas boquinhas tentando me dar uma punição para compensar o impeachment.
Eduardo Cunha afirmou que não pediu para que o presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR), suspendesse a sessão de hoje, encerrada às 17h15. Uma nova sessão foi convocada para as 9h desta quinta-feira. Perguntado se estaria perdendo força na Câmara, Cunha afirmou:
? Eu não sinto que estou perdendo ou ganhando (força). Não tenho que ter força.
Cunha reafirmou que a sua situação poderá ser vivida por outros deputados, mas negou que essa fala seja de uma ameça.
? Como eu falei ontem, sem nenhuma conotação de ameaça como foi dado por alguns de má fé, o que acontece hoje aqui vai servir de precedente ? disse.
*Estagiário sob supervisão de Paulo Celso Pereira