Cotidiano

Crise: Instituto de Pesos e Medidas demite 38 funcionários comissionados

RIO – O Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) do estado demitiu 38 funcionários. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira. O presidente do Ipem, Manoel Rampini Filho, admitiu que o enxugamento foi motivado pela crise financeira. Ele disse que precisou reduzir os gastos com pagamento de pessoal do órgão e não descarta mais demissões entre os funcionários de cargos de livre indicação.

Embora o Ipem faça parte da estrutura administrativa do estado, o órgão se mantém por meio de repasses federais do Inmetro, que são feitos ao governo estadual por meio de convênio. Segundo Rampini, as transferências do Inmetro caíram de R$ 3,2 milhões para R$ 2,3 milhões mensais, o que o levou a adotar medidas de austeridade, já que órgão não tem conseguido mais bancar nem o auxílio supermercado de R$ 400 para cada funcionário.

Rampini disse que a situação do órgão é tão dramática que nesta semana não há gasolina para que os carros do órgão possam rodar em ações de fiscalização no estado. O Ipem faz aferição em táxis e equipamentos como bombas de postos de gasolina, além de ações em hospitais e lojas, entre outros estabelecimentos. Também foram devolvidos nove veículos alugados que eram utilizados nestas ações fiscais.

? Tínhamos cerca de 300 funcionários, sendo 200 concursados. A saída é fazer um corte radical dos cargos comissionados. Também reduzimos despesas com aluguel e com empresas de vigilância de nossas unidades regionais ? disse Rampini, negando que as demissões tenham comprometido o funcionamento do órgão.

O corte de funcionários extraquadros levará a uma economia de R$ 200 mil mensais com a folha de pagamento do Ipem. O órgão também reduziu em R$ 60 mil por mês as despesas com prédios alugados e segurança em suas unidades de Petrópolis, Nova Friburgo e Volta Redonda. Nesses municípios, o Ipem passou a funcionar em prédios cedidos gratuitamente pelas prefeituras.