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Cris Cyborg, estrela do UFC Brasília: 'Atletas de MMA precisam ser mais valorizados'

Cristiano Justino, a Cris Cyborg, 31 anos, é uma das mais temidas lutadoras de MMA do planeta. No cartel de 17 lutas há 16 vitórias, 13 delas por nocaute. A mesma firmeza dos punhos ela costuma ter com as palavras. E não se deixa encurralar por perguntas. Não foge de nenhuma. O GLOBO bateu um papo rápido com ela, que neste sábado voltará ao octógono para sua segunda luta no UFC. Será contra a sueca Lina Lansberg (saiba mais sobre ela), de novo em peso casado.

Na pauta da conversa, a relação dos atletas com o Ultimate e as outras organizações:

Quando você vai se tornar uma atleta exclusiva do UFC e o que falta para que isso aconteça?

Eu tenho contrato com o UFC, mas sou campeã na minha categoria no Invicta. O que impede é que o UFC ainda não tem a minha categoria. Eu aceitei algumas lutas no peso casado, mas não consigo lutar nesse peso uma luta em cima da outra. O que falta é criarem a minha categoria. Lutadores para lutar nela não faltam.

Cris Cyborg MMA UFC

O que você mudaria no MMA como um todo hoje? E no UFC, em particular?

Eu acho que os atletas precisam ser mais valorizados. Temos muitos atletas que estão há anos no esporte e ainda não são valorizados. Precisamos de igualdade entre gêneros, precisamos de um órgão que proteja os direitos dos lutadores.

Acha que falta maior participação de atletas e ex-atletas na condução do esporte?

Acho que a maioria dos atletas não sabe muito sobre isso, como poderia mudar, etc. Mas acho que seria interessante sim, porque eles entendem do assunto, sabem de todo o esforço que passamos. Acho importante, por exemplo, pensarmos no futuro, na aposentadoria dos atletas.

Você viu alguma coisa das Paralimpíadas? Se sim, qual esporte que mais te toca e por que? Acha que haveria espaço no MMA para a inclusão?

Não vi porque estava totalmente focada nos treinos, mas acho que ainda não há estrutura no MMA para fazer isso.

O que podemos esperar da sua luta em Brasília?

Estou treinando bastante. Tenho cinco rounds para lutar, mas todo mundo sabe que busco o nocaute e dessa vez não vai ser diferente. A Lina Lansberg tem poucas lutas de MMA, mas é uma lutadora de Muay Thai bastante experiente.

UFC BRASÍLIA, 24 de setembro

CARD PRINCIPAL

_WIL5013.jpgPeso-casado (até 63,5kg): Cris Cyborg x Lina Lansberg

Peso-pena: Renan Barão x Phillipe Nover

Peso-pesado: Roy Nelson x Antônio Pezão

Peso-leve: Francisco Massaranduba x Paul Felder

Peso-médio: Thiago Marreta x Eric Spicely

Peso-pena: Godofredo Pepey x Mike de La Torre

CARD PRELIMINAR

Peso-leve: Gilbert Durinho x Michel Trator

Peso-galo: Rani Yahya x Michinori Tanaka

Peso-galo: Jussier Formiga x Dustin Ortiz

Peso-meio-médio: Erick Silva x Luan Chagas

Peso-leve: Alan Nuguette x Steven Ray

Peso-meio-médio: Vicente Luque x Hector Urbina

Peso-leve: Glaico França x Gregor Gillespie.