REYKJAVIK – A líder do Partido Pirata da Islândia, Birgitta Jonsdottir, foi convidada pelo presidente do país a tentar formar um novo governo, após os dois maiores partidos parlamentares não conseguiram formar uma coalizão.
Após se reunir com o presidente Gudni Johannesson, Jonsdottir (ex-membro do WikiLeaks) disse estar confiante em formar um governo. ISLANDIA
? Tenho esperança de que vamos encontrar uma maneira de trabalhar em conjunto.
O Partido Pirata, antissistema, chegou em terceiro lugar em uma eleição de outubro. Agora, continuará conversas com outros quatro partidos representados no Parlamento, a Esquerda-Verdes, os Social-Democratas, o Futuro Brilhante e o Partido Reformista. Os Esquerda-Verdes suspenderam as negociações da coalizão na semana passada.
Se a Islândia, ilha de 332.000 habitantes, se recuperou economicamente (mais de 4% de crescimento previsto para este ano, graças ao turismo e a um sistema financeiro reestruturado), os islandeses, especialmente os mais jovens, continuam a nutrir grande desconfiança em relação as elites do país.
O Partido Pirata, fundado por hackers, ativistas políticos e defensores da liberdade na internet, tem dez assentos no Parlamento, de 63. A eleição de outubro foi convocada em meio à raiva pública com as propriedades offshore do então primeiro-ministro do país, que foram reveladas no vazamento dos papéis de Panamá e provocaram sua renúncia.
