Cotidiano

Cresce número de turistas americanos nas Cataratas

Com o visto eletrônico, visitantes dos EUA obtêm permissão para entrar no Brasil em até 72 horas; antes processo levava até seis meses

Foz do Iguaçu – O visto eletrônico impulsionou a visitação de norte-americanos em Foz do Iguaçu. A medida, que entrou em vigor em janeiro, já refletiu em 20% no aumento de turistas dos Estados Unidos no primeiro quadrimestre.

Ano passado, 7.203 americanos visitaram o Parque Nacional do Iguaçu, onde estão localizadas as Cataratas do Iguaçu, entre janeiro e abril.

Já nos quatro primeiros meses do ano, neste período, 8.683 estiveram nas Cataratas do Iguaçu, uma das 7 Maravilhas da Natureza.

No comparativo entre abril deste ano e abril do ano anterior também houve crescimento. O aumento foi de 61%. No mesmo período do ano passado, 1.682 turistas americanos estiveram no atrativo, enquanto só no mês passado 2.708 visitaram a unidade.

Ainda no comparativo de abril dos dois anos, também é possível observar um aumento de turistas australianos (37%) e canadenses (27%).

“São números expressivos, que falam por si mesmos, pois mostram uma resposta muito positiva ao visto eletrônico por parte do mercado norte-americano. Os obstáculos da burocracia estão sendo superados, finalmente. Destino Iguaçu será um dos maiores beneficiados”, afirma o secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos de Foz do Iguaçu, Gilmar Piolla.

Os Estados Unidos estão em segundo lugar no ranking de turistas que visitam o Brasil, ficando atrás somente da Argentina. O País é o sexto maior emissor de visitantes para Foz do Iguaçu.

A visita ao Parque Nacional do Iguaçu é considerada tendência mundial para o ano de 2018, conforme relatórios das maiores plataformas de viajantes do mundo na internet, entre elas o TripAdvisor, Expedia e Skyscanner.

Visto Eletrônico

O visto brasileiro pode ser adquirido por alguns turistas estrangeiros de forma eletrônica, o processo dura em média 72 horas, antes levava até seis meses. A medida faz parte do Brasil Turismo, do Ministério do Turismo.

Desde novembro de 2017 cidadãos da Austrália tem acesso ao programa e a partir de janeiro desse ano, Canadá, Estados Unidos e Japão também podem pedir o visto eletrônico.

Dólar nas alturas não assusta viajantes internacionais

Cascavel – Nem o dólar nas alturas, que já chegou a R$ 3,69 esta semana no mercado oficial, a maior cotação em mais de dois anos, tem tirado o sono dos viajantes que pretendem sair do País nas férias de julho ou no fim do ano. Segundo a vendedora de uma das maiores agências de viagens de Cascavel Magda Pinheiro, as passagens internacionais continuam sendo muito procuradas e, por enquanto, não há retrações nem muitas reclamações para fechar negócio.

No topo da lista estão Europa, Estados Unidos, as ilhas caribenhas e Buenos Aires, este último agora afetado pelo alto custo de se manter no local com estada e alimentação. Aí, os queridinhos seguem nos destinos americanos ou europeus.

Outro fator que tem influenciado a escolha pelas viagens internacionais é que as passagens aéreas para os destinos nacionais estão muito caros. “Então, entre um destino caro ou outro, o comprador acaba ficando com o internacional se essa já era uma das suas opções”, avaliou a vendedora.

A empresária Deise Cardoso é uma viajante assídua. Há anos programa o passeio com os filhos para a Disney e a viagem está quase chegando. Ela e as “crianças”, de 12 e de 15 anos, embarcam em julho para Orlando. Está preocupada com a cotação do dólar, mas disse que fez as contas e por enquanto tudo ainda cabe no orçamento. “Se eu fosse com eles para o Nordeste eu gastaria praticamente a mesma coisa e a Disney é um desejo de muitos anos”, afirmou.

Ela torce para que a moeda norte-americana não tenha valorização exorbitante sobre o real, mas sabe que vai desembolsar um pouco mais. “Mas vale a apena. É uma viagem muito programada”, ressaltou.

Os reflexos desse aumento das viagens internacionais podem ser observados nas emissões dos passaportes na Delegacia da Polícia Federal de Cascavel.

Desde que o delegado-chefe Marco Smith assumiu o comando da delegacia, a emissão diária mais que dobrou e hoje chega a 25 por dia. Para dar conta da demanda, profissionais de outros setores dão suporte. Como as emissões estão regularizadas na Casa da Moeda, responsável pela confecção dos documentos, ele chega em até duas semanas se o pedido não for com caráter de urgência. Ocorre que a espera está no agendamento para registro do pedido na PF. “Quando são abertas as senhas pela internet elas acabam rapidinho, em menos de 20 minutos”, reforça o delegado. A espera média hoje é de cerca de três meses para o agendamento.