Cotidiano

Cresce a procura por vacina contra a febre amarela

O Paraná reforçou cuidados para que a febre amarela não atinja o Estado. Na última semana, profissionais da área da saúde foram orientados às ações referentes à prevenção, vigilância e assistência. 

Embora o Estado não tenha registrado casos da doença nos últimos dez anos, a realidade em outras regiões do País, como o sudeste, coloca o sistema de saúde em alerta. No Rio de Janeiro, por exemplo, três pessoas morreram em decorrência da febre amarela neste ano e há outros quatro casos da doença confirmados. 

O alerta principal da Secretaria de Estado da Saúde é para que pessoas que vivem em áreas de matas e rios ou fazem atividades como trilhas, pesca e acampamentos tomem a vacina. Em Cascavel as recomendações já surtiram efeito e houve pequeno aumento na procura por vacinas nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), segundo a Secretaria Municipal de Saúde. 

Desde o ano passado, esclarece a secretaria, novas regras são válidas para a imunização. “Conforme alteração que ocorreu em 2017, não vale mais a regra dos dez anos: a vacina é aplicada apenas uma vez, sendo suficiente para proteger a pessoa. Vale lembrar que ela está disponível nas unidades de saúde, abrangendo a faixa etária dos nove meses aos 59 anos, porém, apenas para quem nunca tomou a referida vacina”.

Sem casos

Em Cascavel, o sistema de saúde tem acesso a dados dos últimos 12 anos e desde 2006 não houve registros de casos de febre amarela no município.  No Paraná, o último caso autóctone, ou seja, contraído dentro do Estado, foi confirmado em 2008, em Laranjal, na região central. Com relação a óbitos, os últimos também ocorreram no mesmo ano nas cidades de Maringá (caso importado) e Laranjal. 

Vigilância 

O Estado também realiza a vigilância do óbito de macacos e coleta de mosquitos. Apenas em 2017, foram investigados 182 pontos em 89 municípios, o que corresponde a 22,3% do território estadual. O último inquérito foi realizado no mês de dezembro e, até agora, todos os resultados foram negativos para a presença do vírus.