Cotidiano

CPI já estuda pedir o afastamento de Reni

A abertura da Comissão Processante terá de ser analisada e aprovada por pelo menos 10 dos 15 vereadores

Foz do Iguaçu – A CPI Pecúlio levará ainda cerca de 20 dias para concluir seu trabalho, mas já avalia concretamente a hipótese de sugerir o afastamento do prefeito Reni Pereira do cargo. “Já há indícios suficientes para a abertura da Comissão Processante”, adiantou ontem o presidente Dilto Vitorassi.

“Há praticamente um consenso formado aqui na comissão, de que realmente há uma organização para o crime na cidade de Foz do Iguaçu. Nós precisamos apenas transmitir o que estão nos dizendo para o papel e juntar as provas”. A abertura da Comissão Processante terá de ser analisada e aprovada por pelo menos 10 dos 15 vereadores. Feito isso, três vereadores precisarão ser escalados ouvir acusação e defesa em um prazo de até 90 dias. Feito isso, o relatório final terá de ser levado a plenário e aprovado por maioria absoluta (2/3) para que Reni seja afastado.

PROBLEMA INTERNO

O indiciamento de mais 45 pessoas dentro da terceira etapa da Operação Pecúlio levou a CPI a alterar a sua agenda de trabalho. Ontem, os membros da comissão estiveram reunidos para analisar, entre outras coisas, como agir em relação ao aparecimento do nome do relator Edílio Dall’Agnol na lista de denunciados. Nilton Bobato recomendou o afastamento de Dall’Agnol da CPI. Já Dilto Vitorassi considerou que “não há nenhum motivo para ele se dar por impedido”.

NOVOS DEPOIMENTOS

Nesta quinta-feira, a CPI Pecúlio deverá ouvir o ex-secretário de Obras e ex-diretor superintendente do Foztrans, Carlos Juliano Budel, e o ex-diretor de obras e pavimentação Aires Silva. Budel ainda está preso na Penitenciaria Estadual e Aires já foi libertado. Ainda sem data definida, a comissão também vai ouvir novamente Aires Silva, que fez acordo de delação premiada.