Esportes

CPB comemora desempenho do Brasil com recorde de medalhas

A meta do Brasil era ficar em quinto lugar no quadro geral de medalhas, mas o resultado aquém do esperado de alguns atletas, e o inesperado desempenho de China e Ucrânia acabaram estragando os planos do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os dois países levaram ouro em diversas modalidades com as quais os dirigentes contavam com medalha. Mesmo assim, em oitavo lugar, o CPB faz um balanço positivo da participação do atletas brasileiros nos Jogos do Rio, já que houve um crescimento no número total de medalhas em cerca de 65%. E também comemora o crescimento do movimento paralímpico no país.

Conteúdo de uma matéria só: quadro de medalhas

? Não preciso contar e nem falar para vocês da paixão e da admiração que os nossos atletas despertaram no povo brasileiro. Todos viram os jogos e como estavam as arenas. Esse é nosso maior legado. Quanto ao resultado, claro que tínhamos uma meta de ficar em quinto lugar através do ouros, mas havia uma série de outras metas, e todas elas foram alcançadas. Houve um aumento de 65% de medalhas em relação a Londres. Se olharmos por esse ângulo, foi a melhor participação da história. Destaque para o aumento das modalidades que medalharam, quatro delas (canoagem, ciclismo, halterofilismo e vôlei sentados) pela primeira vez na história ? disse o presidente do CPB, Andrew Parsons.

NOVA GERAÇAO PARA TÓQUIO-2020

Na edição anterior, em Londres- 2012, foi o ouro que fez a diferença, e a chuva de prata fez com que o país não ficasse no topo, como esperado. Há quatro anos, o Brasil levou 43 medalhas, dessas 21 de ouro, 14 de prata e 8 de bronze. No Rio, foram 72 medalhas, 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes. A queda de ouros está diretamente ligada ao atletismo e principalmente à assombrosa participação de China e Ucrânia na natação. Alguns resultados chegaram a levantar suspeitas de público e atletas.

?Na natação, a gente foi surpreendido com a vitória de atletas vindo do nada, que nunca competiram mundiais. Se tivéssemos a base de dados mais confiável possível, a gente teria feito uma revisão da meta. Também deixamos de ganhar medalhas. O goalball, por exemplo, foi ouro no Mundial e aqui não repetiu. Eram casos específicos que apontavam para cima, mas aqui não se repetiram ?disse Parsons, que também é vice-presidente do Comitê Paralímpico Internacional. ? É prematuro falar em manipulação, mas a ausência de atletas em momentos importantes do ciclo gera desconforto. Nos Jogos, fomos inundados de denúncias. Confiamos nos classificadores internacionais, mas isso precisa ser sempre aprimorado. Faremos reavaliação do sistema de classificação da natação. Além disso, muitos países cresceram. É a evolução do esporte.

O CPB também comemorou o fato de que boa parte dos medalhistas dessa edição é bem jovem.

? Quinze atletas com menos de 23 anos subiram ao pódio, oito homens e sete mulheres. Isso até nos surpreendeu. É a nova geração mostrando que o investimento funcionou. Eles já são a geração Tóquio-2020. Ainda conseguimos equilibrar a questão dos gêneros. Nosso talentos são homens e mulheres promissores. Só vejo crescimento para o esporte paralímpico no Brasil. Os investimentos vão continuar ? garantiu Edilson Rocha, o Tubiba, chefe de missão da delegação brasileira