Saúde

Covid-19: Johnson & Johnson inicia 3ª fase de testes da vacina

Essa é a maior testagem realizada até o momento, em todo o mundo, e os resultados devem ser conhecidos já no início de 2021

Covid-19: Johnson & Johnson inicia 3ª fase de testes da vacina

São Paulo – A Johnson & Johnson iniciou ontem (23) a terceira fase de testes da sua vacina contra covid-19, que contará com a participação de 60 mil pessoas, entre as quais pelo menos 7 mil voluntários brasileiros. Essa é a maior testagem realizada até o momento, em todo o mundo, e os resultados devem ser conhecidos já no início de 2021.

Essa é a última etapa antes da produção em larga escala. Metade dos participantes do teste receberá a vacina, enquanto na outra parte, que servirá de grupo de controle, será aplicada uma substância inativa (placebo). Como se trata de um estudo clínico do tipo duplo-cego, voluntários e pesquisadores não vão saber quem recebeu a imunização nem quem recebeu o placebo – a escolha será feita de forma aleatória.

Chamada oficialmente de Ad26.COV2.S, a imunização desenvolvida pela Janssen-Cilag, farmacêutica do grupo Johnson, se diferencia das outras vacinas contra o coronavírus por exigir a aplicação de apenas uma dose, em vez de duas, e não precisar ser armazenada em temperaturas abaixo de zero.

Ela é produzida com um adenovírus, que realiza o transporte de um gene do Sars-COV-2 para as células humanas. Na sequência, as células produzem proteínas do coronavírus, que ajudam a preparar o sistema imunológico para combater uma infecção posterior.

Fases anteriores

As duas primeiras fases de teste da vacina da Johnson foram finalizadas com sucesso. Nessas etapas, foram testadas a eficácia e a segurança da substância, permitindo verificar a capacidade de induzir uma resposta imune e a ocorrência de efeitos adversos graves.

Em caso de sucesso na fase 3, que também terá a participação de voluntários dos Estados Unidos, do México, da África do Sul, da Argentina, do Peru, da Colômbia e do Chile, a companhia quer entregar as primeiras doses da vacina contra a doença causada pelo Sars-COV-2 no início de 2021, para uso emergencial.

Coronavac teve 98% de eficiência nos testes na China

O governo do Estado de São Paulo anunciou que a vacina Coronavac apresentou 98% de eficiência na imunização. Dos 50 mil voluntários testados na China, 94.7% não sentiram sintoma adverso. Os outros 5,3% sentiram apenas dor no local de aplicação.

Desde o dia 21 de julho, quando os testes da vacina começaram no Brasil, não houve registro de reação adversa grave nos mais de 5.600 testados. Todos os voluntários do programa são da área da saúde, médicos e paramédicos. “Além de segura, a Coronavav está se mostrando altamente eficiente”, comemorou o governador João Doria.

Ele confirmou o primeiro lote de 5 milhões de doses para o dia 5 de outubro. Afirmou ainda que, na segunda quinzena de dezembro, o Estado deve iniciar a imunização.

No entanto, ainda é preciso aguardar a finalização da terceira e última fase de testes e a liberação da Anvisa. Segundo Doria, as primeiras doses serão aplicadas em médicos e paramédicos.

São Paulo deve receber outras 46 milhões de doses da vacina até 31 de dezembro e até 28 de fevereiro esse número deve atingir 60 milhões – o que seria suficiente para imunizar todos os paulistas.