Saúde

Covid-19: Brasil passa de 1,6 milhão de infectados

Segundo o boletim, os estados com os maiores números de casos são: São Paulo (323.070), Ceará (122.477), Rio de Janeiro (121.879), Pará (114.535) e Maranhão (90.251).

Foto:Agência Brasil
Foto:Agência Brasil

Rio Janeiro – Com mais 620 mortes em decorrência do novo coronavírus, o Brasil chegou ontem a 65.487 óbitos, informou o Ministério da Saúde. Já o número de casos confirmados da doença subiu 20.229, e chegou a 1.623.284. Do total de mortes, 230 aconteceram nos últimos três dias. Números menores são reportados nos fins de semana devido à redução de equipes nas secretarias estaduais.

Segundo o boletim, os estados com os maiores números de casos são: São Paulo (323.070), Ceará (122.477), Rio de Janeiro (121.879), Pará (114.535) e Maranhão (90.251).

Os estados com o maior número de mortes são: São Paulo (16.1334), Rio de Janeiro (10.698), Ceará (6.481), Pará (5.105) e Pernambuco (5.163).

 

Transmissão pelo ar

O coronavírus tem feito novas vítimas no mundo todo, em bares, restaurantes, escritórios, mercados e cassinos, disparando surtos de infecção assustadores que confirmam cada vez mais o que muitos cientistas vêm dizendo há meses: o vírus permanece no ar em ambientes fechados, infectando as pessoas nas proximidades.

Se a transmissão pelo ar for mesmo um fator expressivo na pandemia, especialmente em locais com pouca ventilação, as consequências para a contenção serão significativas. Máscaras podem ser necessárias em ambientes fechados, até mesmo em ambientes com distanciamento social. Ao cuidar de pacientes com coronavírus, os profissionais de saúde podem precisar de máscaras N95, que filtram até as menores gotículas respiratórias.

Pode ser que os sistemas de ventilação de escolas, lares de idosos, residências e empresas precisem minimizar o ar de recirculação e adicionar novos filtros mais potentes. Podem ser necessárias luzes ultravioletas para matar partículas virais que flutuam em pequenas gotículas dentro de casa.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) há tempos vem argumentando que o coronavírus se espalha principalmente pelas grandes gotículas respiratórias que, uma vez expelidas por pessoas infectadas em tosses e espirros, caem rapidamente no chão.

Mas, em uma carta aberta à OMS, 239 cientistas de 32 países descreveram evidências que mostram que partículas menores também podem infectar as pessoas e pediram que a agência reavalie suas recomendações. Os pesquisadores planejam publicar a carta em uma revista científica.

Mesmo em sua mais recente atualização sobre o coronavírus, lançada em 29 de junho, a OMS afirmou que a transmissão pelo ar só é possível após procedimentos médicos que produzem aerossóis ou gotículas menores que 5 mícrons (Um mícron é igual a um milionésimo de metro).


Testes com vacina chinesa no Brasil começa dia 20

 

São Paulo – O governo de São Paulo anunciou ontem que os testes da vacina contra o novo coronavírus que o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac estão desenvolvendo começará no dia 20 de julho. Ao todo, 9 mil profissionais de saúde serão voluntários no estudo, como médicos, paramédicos e enfermeiros, em cinco estados, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. No sábado, o protocolo da vacina foi autorizado pela Anvisa.

A partir da semana que vem, o Instituto Butantan irá começar o recrutamento dos voluntários por meio de um aplicativo que ainda será colocado à disposição dos interessados.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, a expectativa é de que, caso a vacina seja bem-sucedida, sua disponibilização ocorra a partir de meados de 2021. “No mundo, são 136 vacinas sendo testadas, 12 delas em estudos clínicos. Dessas, três estão na fase 3, a mais avançada. Uma dessas é a que o Butantan fez esse acordo e é uma das que têm grande chance de chegar ao público”, afirmou Dimas Covas.

Na fase 2, realizada com mil voluntários na China, foi observada a eficiência da vacina em mais de 90% dos participantes do estudo.

No Brasil, Covas afirmou que a expectativa é de que uma análise preliminar dos resultados ocorra ainda este ano, o que possibilitaria o uso da vacina em meados do ano que vem. “Essa é uma das vacinas mais promissoras e daí vem o meu entusiasmo. Estou muito entusiasmado que essa será uma das vacinas que chegará ao mercado com muita eficiência rapidamente”, afirmou.

Quem pode

Para participar do estudo, o profissional terá que estar trabalhando no atendimento de pacientes com covid, não ter sido infectado pela doença, não participar de outros estudos de vacinas, não estar grávida ou planejar engravidar nos três meses de estudo, não ter doenças instáveis ou que afetam o sistema imunológico e, por fim, não ter outras alterações que impeçam o cumprimento dos procedimentos do estudo, como alterações mentais ou distúrbios de coagulação.

Segundo Dimas Covas, o governo já tem reservadas 60 milhões de doses da vacina caso sua eficácia seja comprovada pelos estudos que estão sendo realizados no País e em outros países. As doses serão entregues ao Ministério da Saúde, que determinará como será sua distribuição.

Outras vacinas

Além da vacina da Sinovac, também está sendo testada no Brasil uma potencial vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, apontada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como a mais avançada até o momento.