Esportes

Corpos de vítimas da queda do voo da Chapecoense podem ser enviados ao Brasil nesta quinta

Tragédia Chapecoense – dia 2

Os peritos do governo colombiano continuam trabalhando para identificar os corpos de todas as 71 vítimas da queda do voo da Chapecoense na madrugada de terça-feira. De acordo com as autoridades locais, 59 corpos já oram identificados. Destes, 52 são brasileiros. Há ainda cinco bolivianos, um paraguaio e um venezuelano.

De acordo com o diretor do Instituto Nacional de Medicina Legal da Colômbia, Carlos Eduardo Valdés, os profissionais estão trabalhando diariamente e sem descanso para poderem identificar o mais rápido possível todas as vítimas da tragédia.

– As digitais são a nossa melhor fonte de informação – disse.

Segundo o embaixador do Brasil na Colômbia, Júlio Glinternick Bitelli, inicialmente se pensou que as famílias das vítimas teriam que viajar até Medellín para acompanhar a saída dos corpos até o Brasil, mas isso não será necessário.

– Foi dado aos familiares a liberdade de escolher se eles queriam viajar ou não. Muitos preferiram permanecer no Brasil e esperar pela repatriação dos seus entes queridos. E estamos trabalhando muito nisso – acrescentou.

O envio dos corpos aos seus países de origem podem começar nesta quinta-feira. A família do piloto Miguel Alejanro Quiroga Murakami espera para esta quinta a chegada do corpo.

– Estamos sem muitas informações. Sabemos que é difícil e complicado todo o processo de repatriação. Além disso, de certa maneira, estamos impedidos de ir até Medellín porque viemos em uma zona de selva – disse a cunhada do piloto, Denise Pinto.

Ainda que Quiroga vivesse em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, frequentemente ele visitava a sua família em Epitacolândia, no Acre. A região não tem qualquer aeroporto.

Representante dos familiares das vítimas, Gilberto Batisteyo, disse que uma comitiva viajou com médicos legistas do governo do Brasil, funcionários da prefeitura de Chapecó e familiares de algumas vítimas, viajaram para Rionegro, na Colômbia, para acompanhar o processo de traslado dos corpos.

– Os médicos também estão acompanhando os três pacientes sobreviventes que estão em três hospitais. Estamos dando o maior apoio possível para que consigamos concluir o reconhecimento (dos corpos) e fazer o traslado de todos ao seu destino.

Os sobreviventes permanecem internados no hospital.