Apresentado nesta quarta, na sede da CBF, o novo presidente da Comissão de Arbitragem, Coronel Marinho, afirmou que vai estudar mudanças no sorteio dos árbitros dos jogos da Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. O objetivo é que os grandes árbitros atuem nas principais partidas.
? O sorteio não vai acabar porque está na lei, no Estatuto do Torcedor. Enquanto a lei for essa, vamos trabalhar com a obrigação do sorteio, mas estudaremos uma mudança no sistema. Não vamos insistir com algo que não está dando certo ? disse Marinho. ? O sorteio vai ser reavaliado. Estamos discutindo. Temos bons árbitros, uns 20 que podem participar de qualquer jogo.
O novo dirigente saiu em defesa dos árbitros, mas disse como as falhas serão analisadas pela comissão:
? Há o erro por detalhes mínimos e o erro grave, em questões claras, óbvias. Temos que analisar para ter justiça na avaliação. Quem errar e melhorar, buscar aperfeiçoamento e for competente vai progredir. Os que não procurarem a evolução, acabam ficando pelo caminho ? ressaltou.
Tenente-coronel da reserva da PM de SP, Marinho comandou da arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF) por 10 anos:
? Fiquei 10 anos na Federação Paulista, estou acostumado (a pressão). Polêmica de arbitragem faz parte. Ninguém está aqui para esconder nada.
Além dele, foram apresentados o vice-presidente da comissão, Alício Pena Júnior, além dos ex-árbitros Cláudio Cerdeira e Ana Paula Oliveira. Esta última disse que, a partir da próxima rodada do Brasileiro, o árbitro poderá ser tirado da escala de jogos, na véspera da partida, caso tenha um problema sério (pessoal ou familiar). Neste caso, o substituto será o quatro árbitro ou um novo sorteado, se houver tempo hábil.
? Esse é mais um passo pra gente ter o árbitro sempre 100% dedicado à partida. Nesses casos extremos, ele não perderá a taxa e poderá cuidar do problema emergencial. Queremos evitar que o árbitro evite a perda financeira e encare uma partida importante com algo relevante para atrapalhar a sua atuação ? explicou Ana Paula.
