Os 27 corintianos presos desde outubro do ano passado após briga com a torcida do Flamengo, no Maracanã, foram soltos pela Justiça do Rio de Janeiro ontem. O juiz Marcelo Rubioli, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, determinou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares de restrição ao grupo. Ou seja, cada réu terá que comparecer à justiça em seu estado para informar e justificar as suas atividades até o fim do processo.
Os torcedores estão proibidos de comparecer aos jogos do Corinthians, como mandante ou visitante, em qualquer estádio do país. Além disso, terão de ir, nos dias das partidas, a delegacias de polícia uma hora antes do início e permanecer até 30 minutos do encerramento.
– Eles estavam presos há quase 90 dias porque a defesa deles atrasou o processo. Achei que não justificava mais a prisão uma vez que dois ja tinham sido soltos (no total, foram 31 detidos no dia do jogo com o Flamengo, sendo um menor de idade). A fiscalização será com comparecimento a delegacia em todos os jogos do Corinthians – disse o juiz.
Os torcedores estavam detidos na cadeia José Frederico Marques, a Bangu 10. Recentemente, eles pediram a transferência de local por meio de uma carta a outros colegas das organizadas. Nela, relatavam o medo de uma guerra entre facções criminosas.
Rubioli, no entanto, nega que essa tenha sido a motivação do ordem de soltura. Os torcedores, inclusive, estavam presos em uma área separada, com acesso livre dos advogados do grupo.
– Não há absolutamente nada a ver com a instabilidade do sistema – garantiu.
