Cotidiano

Copel, Sanepar e Celepar discutem espaço feminino no mercado de trabalho

Os comitês de diversidade de gênero da Copel e da Sanepar, em parceria com a Celepar, promovem nesta quarta-feira (12), em Curitiba, uma tarde de diálogo sobre a equidade de gênero. Primeiro de uma série, o Fórum Gêneros Diferentes, Direitos Iguais é uma ação inédita que une as três organizações na promoção do debate sobre o espaço das mulheres no mercado de trabalho e na sociedade.

A advogada Sandra Lia Leda Bazzo Barwinski, presidente da Comissão de Estudos de Violência de Gênero da OAB/PR; Claudia Coser, integrante do Movimento Nós Podemos Paraná, e Luize Surkamp, auditora fiscal do trabalho no Paraná vão falar sobre assédio e direitos humanos na perspectiva de gênero. As palestras serão seguidas de debate e transmitidas pela internet para todo o Paraná. 

COPEL – Na Copel o tema equidade de gênero vem sendo discutido há bastante tempo e aplicado na prática com ações de valorização da saúde e dos direitos da mulher no ambiente de trabalho. A empresa foi uma das primeiras no Paraná a implantar as salas de apoio à amamentação e já conta com cinco espaços dedicados às funcionárias que retornam da licença maternidade. 

"No momento mais especial da vida da mulher, o ambiente de trabalho precisa estar preparado para recebê-la e para dar suporte ao ato de amamentar, a retirada do leite excedente e a doação para aquelas mães que não conseguem amamentar. É um investimento na saúde e no bem-estar das nossas funcionárias", afirma o presidente da Copel, Antonio Guetter. 

Entre as ações de equidade destacam-se a licença maternidade estendida de seis meses, a jornada reduzida por mais dois meses após o retorno ao trabalho e a licença paternidade, que passou de cinco para 20 dias. A empresa também já recebeu o selo Pró-Equidade de Gênero e Raça do Governo Federal por duas vezes e está inscrita na sexta edição pelas ações implantadas.

SANEPAR E ODS – Para o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, o momento é oportuno para a discussão do tema, já que a Companhia aderiu aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs), entre os quais se inclui a igualdade de gênero. “Estamos caminhando rumo a um novo entendimento enquanto organização e sobre o papel que temos na sociedade. Reconhecemos que temos muito a avançar, mas estamos atentos e dispostos a construir condições iguais para homens e mulheres dentro da Sanepar”.

O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a assumir o compromisso com as metas globais definidas pela ONU. Em 2016, o governador Beto Richa assinou decreto incluindo os objetivos da ONU como metas a serem alcançadas pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado. 

DIVERSIDADE EM ALTA – Estudos têm apontado as ações de respeito à diversidade como um dos aspectos mais importantes nas políticas de gestão de pessoas nas empresas. Um ambiente interno onde há inclusão, discussão e ações que garantam os direitos de mulheres, pessoas com deficiência, LGBT, raça, religião e idade, aumenta a felicidade no trabalho, melhora os índices de produtividade e, inclusive, melhora o atendimento ao cliente. 

Na Copel o uso do nome social para empregados transgêneros já é adotado como forma de garantir o direito à identidade plena, assim como a acessibilidade plena para seus empregados e clientes, com ações que vão desde a adequação das edificações e mobiliário, site acessível para cegos e surdos, até oficinas de sensibilização sobre a convivência com pessoas com deficiência. 

Na Sanepar, no final de 2016 foi lançado o programa “Equidade@Sanepar”, que pretende promover condições para que mulheres e homens sejam tratados de forma justa. “O tratamento pode ser igual ou diferenciado, levando-se em consideração o equivalente em termos de direitos, benefícios e obrigações”, explica Claudia Trindade, empregada da Companhia há 34 anos e atual presidente das Fundações Sanepar.