Matelândia Mesmo diante da mais aguda crise nacional, as cooperativas da região seguiram com seus planejamentos de médio e longo prazos. Apesar das dificuldades, jamais deixamos de confiar no Brasil. Na força do País, na capacidade da sua gente e na pujança de um setor econômico organizado e criativo, diz o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Em alguns momentos as empresas reduziram o ritmo de contratações, mas a retomada já ocorre.
A Lar Cooperativa Agroindustrial, de Matelândia, tem 90 vagas abertas para contratação imediata com média salarial de R$ 1,6 mil. A previsão de investimentos, em vários projetos principalmente nas áreas de grãos e de carnes, é de R$ 150 milhões apenas para 2017. Atualmente, a empresa tem 8.758 colaboradores e 10.261 cooperados. Para enfrentar a crise, a Lar adotou diversas medidas. Em uma delas, os funcionários participam com ideias para projetos de economia e melhoria em processos e produtos. Modelo de governança, plano estratégico para dez anos e núcleo de inteligência são outras ações em curso. Parceria da Lar com a Globoaves, de Cascavel, garante a manutenção de 1,8 mil empregos.
R$ 300 milhões
A previsão da Coopavel é de contratar pelo menos 200 novos colaboradores em 2017, basicamente nas áreas operacional e de produção. Desde 2014, ela investe R$ 300 milhões em um amplo programa estratégico de crescimento. Somente no atual exercício, o investimento chegará a R$ 50 milhões nos segmentos de avicultura, suinocultura e armazenamento de grãos.
A crise afetou praticamente todos os setores da economia e reduziu inclusive o consumo das famílias, com consequências também ao setor primário. Por isso, a Coopavel precisou adotar um plano para a redução de custos. Mesmo assim, ela ampliou o número de empregos em 2016 com a geração de 172 vagas. Atualmente, a cooperativa tem 4.751 filiados e conta com 5.450 colaboradores.
Abertura de terceiro turno
Palotina – Contra a maré do mau desempenho dos principais indicadores da economia, o sistema cooperativista do País tem demonstrado sua coesão e sua força, diz o presidente da C. Vale de Palotina, Alfredo Lang. Enquanto vários segmentos sofrem, as cooperativas anunciam crescimento. A C.Vale vai implantar o terceiro turno de abate de frangos e deverá gerar cerca de mais 1,2 mil empregos diretos nos próximos meses. Técnicos da cooperativa estiveram reunidos com dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas de Palotina e Região Sintrascoopa – para demonstrar aos representantes dos trabalhadores o planejamento da cooperativa, que deve concentrar esforças para que até junho o terceiro turno esteja implantado e funcionando com força total. Para que isso aconteça e não prejudique os trabalhos que já são realizados serão necessários alguns ajustes na linha de produção. A meta é a contratação de 200 funcionários por mês para alcançar o objetivo planejado.
