Cotidiano

Conta de luz poderá variar conforme horário de consumo a partir de 2018

BRASÍLIA – A conta de energia elétrica residencial poderá variar conforme o horário de consumo a partir de 2018, conforme cronograma de implantação do modelo de “tarifa branca” aprovado nesta terça-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Os grandes consumidores já têm essa alternativa. A lógica de que o sistema de energia elétrica é mais congestionado nos horários de pico, por isso o custo real da eletricidade naqueles momentos é mais elevado do que quando há menor consumo.

Pela “tarifa branca”, o custo será mais elevado durante as três horas de maior consumo de energia elétrica na região da distribuidora ? em geral, fim de tarde e início da noite. No exemplo da Cemig, apresentado pela Aneel, esse período será das 19h até as 21h59, com custo de 184% em relação ao preço convencional da energia ? esse percentual também poderá ter pequenas variações para outras distribuidoras.

Em uma hora mais cedo e outra hora mais tarde em relação a esse período de pico, o consumo também será mais caro do que o convencional, mas em intensidade menor. No caso da Cemig, das 18h às 18h59 e das 22h às 22h59, o custo será de 120%. Nas demais 19 horas do dia, porém, o custo da luz será de 83% do valor pago na conta comum. Todos os números podem ter variações sutis de distribuidora para distribuidora.

O governo já autorizou o funcionamento do primeiro medidor de energia capaz de controlar o horário de consumo, mas, segundo Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel, há expectativa de serem aprovados outros sete modelos diferentes em até 12 meses. Segundo Rufino, a opção pela tarifa branca será voluntária e o consumidor poderá mudar livremente quando quiser, levando-se em conta o prazo de 30 dias para a distribuidora aplicar a mudança.

? O consumidor poderá gerenciar sua carga. Se usar a máquina de lavar roupa, o ferro elétrico ou o chuveiro fora do horário de pico, vai baratear a conta ? explicou Rufino.

A partir de 2018, a todo novo consumidor de energia já deverá ser oferecida a opção da tarifa branca. No mesmo ano, começará um cronograma de mudança dos medidores. Os consumidores que tiverem pago por mais de 500 quilowatts-hora (kWh) em média em 2017, poderão também migrar no início de 2018. Para os consumidores acima de 250 kWh, o prazo será a partir de 2019, e para abaixo disso, será em 2020.

Haverá campanha de conscientização para o consumidor fazer a adesão de maneira consciente, explicou Rufino.

? A opção é do consumidor migrar para a tarifa branca e, se desejar, voltar. Sem custo para isso ?disse ele.