Cotidiano

Conselho da Petrobras aprova Pedro Parente como presidente

RIO – O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o nome de Pedro Parente para assumir o cargo de presdiente da companhia, em substiuição a Aldemir Bendine, que entregou nesta segunda-feira sua carta de renúncia ao cargo. O nome de Parente passou por uma avaliação do Comitê de Remuneração e Sucessão da companhia, conforme prevê o novo estatuto da estatal aprovado em abril último.

A reunião do Conselho foi virtual e por isso os conselheiros tiveram prazo para dar seu parecer e votar a indicação de Parente até as 18h.

Pedro Parente foi ministro-chefe da Casa Civil no governo de Fernando Henrique Cardoso, e coordenou o programa de racionamento de energia adotado no país em 2001. Parente presidiu a Câmara de Gestão da Crise de Energia de 2001/2002 e coordenou a equipe de transição entre os governos de FH e Lula.

Engenheiro de formação, Pedro Pullen Parente foi presidente da Bunge Brasil entre 2010 e 2014, além de ter sido consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de secretarias estaduais.

Atualmente, Parente era presidente do Conselho de Administração da BM&F Bovespa, membro dos conselhos da SBR-Global e do Grupo ABC e sócio-diretor do grupo Prada, de consultoria e assessoria financeira. Em 2012, foi apontado como uma das 100 personalidades mais influentes do Brasil na categoria construtores, segundo a revista Época.

Parente terá a missão de equilibrar as finanças da Petrobras, que tem uma dívida de R$ 450 bilhões, uma das maiores do planeta. Atingida pelo maior escândalo de corrupção de sua história revelado pela Operação Lava-Jato, a companhia vem acumulando elevados prejuízos desde 2014.

A situação financeira da estatal se agravou com a queda dos preços do petróleo no mercado internacional. Além de reduzir drasticamente seus investimentos e de um forte programa de cortes de custos, a Petrobras tem como uma de suas metas vender ativos de US$ 13 bilhões ainda este ano para garantir recursos para investimentos.

Neste momento a direção da companhia e o Conselho trabalham na elaboração do Plano de Negócios 2016/20, que está previsto para ser divulgado até o próximo mês. O atual plano (2015/19) prevê investimentos totais de US$ 98,4 bilhões, que já representou um corte de 24,5% em relação aos US$ 130,3 bilhões que tinham sido aprovados no ano anterior.