WASHINGTON – O Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, o ex-general Michael Flynn, renunciou na noite de segunda-feira em meio a uma polêmica por causa de conversas suspeitas com autoridades russas antes de Trump assumir o cargo. Essa é a primeira perda da gestão Trump, que ainda não completou um mês no governo.
Inicialmente, o ex-general negou ter discutido o levantamento das sanções à Rússia, e o vice-presidente Mike Pence e o chefe de Gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, saíram em sua defesa. Após reportagens do ?New York Times? e ?Washington Post? publicadas na última sexta-feira ? que cita nove atuais e ex-funcionários que confirmam o teor do contato ? um porta-voz de Flynn voltou atrás e disse que ele ?não tinha 100% de certeza? de que o assunto não tivesse surgido durante a conversa.
No cerne do caso estão telefonemas, mensagens e encontros entre Flynn e o embaixador russo, Sergei Kisliak, nas semanas que antecederam a posse de Trump. Contatos que já eram conhecidos, mas que ganharam ainda mais força depois das reportagens, que revelam que os dois falaram diretamente sobre as sanções adotadas pelo governo Barack Obama contra a Rússia. Pela lei americana, Flynn, como cidadão privado que ainda era antes da posse, não poderia ter tratado de diplomacia com outros países em nome dos EUA.
