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Conheça a tecnologia que irá garantir que os Jogos Olímpicos sejam à prova de apagão

A partir de 05 de agosto, os olhos do mundo se voltarão para o Rio. Ao receber os Jogos Olímpicos, a cidade se tornará palco para recordes, momentos de superação e lances históricos. Mas, como ocorre por trás de todo grande espetáculo, este também conta com muita ação nos bastidores.

Pense no sistema de iluminação, de transmissão, em todos os equipamentos de cronometragem e análise das disputas, assim como nos aparelhos necessários para atendimento médico aos atletas – o que tudo isso tem em comum? São serviços que dependem de eletricidade. Some a esse cenário o fato de que a cidade deve receber 500 mil visitantes ao longo dos Jogos, o que também tem impacto sobre a rede energética. Estima-se que, no período do evento, o Rio precisará atender a uma demanda adicional de 250 megawatts – para ter ideia do que isso significa, uma usina de 250 megawatts conseguiria fornecer o abastecimento de uma cidade de 1,1 milhão de habitantes, como Campinas (SP) ou Maceió (AL).

Para garantir que nenhum apagão estrague a festa, está sendo montado um sistema de segurança energética, que tem como peça-chave o UPS – sigla para Uninterruptible Power Supply. Esse aparelho funciona como uma fonte secundária de energia, ou seja, em caso de falha ou oscilação da rede, ele assume o fornecimento de eletricidade, ao mesmo tempo em que aciona automaticamente geradores a diesel. De modo geral, o aparelho é utilizado em locais onde a falta de energia pode ter consequências desastrosas, como hospitais, aeroportos, data centers, bancos, laboratórios e sistemas de segurança empresarial.

11_GE luz.jpgNo esquema criado para os Jogos, mais de três mil UPSs serão instalados em todos os espaços Olímpicos, incluindo os locais de competição e o IBC (centro de operação de mídia e telecomunicações). Instalado em uma área de 85 mil m², o IBC abrigará cerca de 10 mil profissionais de aproximadamente 180 veículos de imprensa, que serão responsáveis por mais de cinco mil horas de transmissão. Os vídeos gerados no IBC serão veiculados em 226 países para cinco bilhões de telespectadores – imagine se, por uma falha de energia, esse público perde o registro de um recorde em atletismo.

Para montar esse sistema de segurança, o Comitê Rio 2016 chamou a GE, que foi responsável pelo mesmo serviço nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, e de Londres, em 2012.

– Em Londres, nosso sistema detectou mais de 1.800 ocasiões em que os UPSs assumiram a carga devido a oscilações na rede, além de 600 eventos de sobrecarga. E trata-se de uma cidade onde o ‘grid’ (sistema de abastecimento elétrico) é mais confiável do que o do Rio. Esses números mostram que o cuidado valeu a pena, porque, sem o uso dos UPSs, teríamos tido problemas – afirma Alfredo Mello, Líder Comercial da GE para Jogos Olimpicos. Ele destaca que, além de garantir o fornecimento ininterrupto de energia, o UPS também informa, em tempo real, em que ponto da rede foi detectado o problema, o que permite corrigi-lo mais rapidamente.

Além de garantir a segurança energética do evento, a GE também está envolvida na modernização do sistema de iluminação por LED da Lagoa Rodrigo de Freitas, sede das provas de remo e canoagem, e do Estádio Nacional de Brasília, Arena Amazônas e do Maracanã, onde serão realizadas as partidas de futebol e as cerimônia de abertura e encerramento dos Jogos. Além disso, a empresa fornecerá os equipamentos de diagnóstico médico da policlínica do evento. A meta da companhia é atingir 100 projetos relacionados aos Jogos Olímpicos do Rio.