Economia

Confiança dos pequenos negócios cresce após cinco meses de queda

Comércio de rua em Brasília.
Comércio de rua em Brasília.

Curitiba – Após cinco meses de queda, o IC-MPE (Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas) de abril apresentou alta de 6,6 pontos e atingiu o patamar de 88,1, de acordo com o estudo “Sondagem Econômica MPE”, realizado pelo Sebrae em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas). O aumento foi motivado, principalmente, por uma melhora do otimismo para os próximos meses no comércio.

A melhora do IC-MPE se deve, sobretudo, ao aumento do IE-MPE (Índice de Expectativa de Micro e Pequenas Empresas), que subiu 10,4 pontos e chegou ao patamar de 87,1 pontos, influenciado pela expectativa de aumento da demanda prevista para os próximos três meses, que cresceu 11,6 pontos, para 84,8 pontos. O IC-MPE agrega os índices de confiança dos três principais setores da economia – comércio, serviços e indústria de transformação.

“A alta do índice em abril foi resultado de uma recuperação da confiança no comércio e no setor de serviços, apesar da indústria de transformação ter apresentado um arrefecimento, o índice está acima dos demais setores”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles. O Índice de Confiança da Indústria de Transformação de Micro e Pequenas Empresas (ICI-MPE) caiu pela quinta vez consecutiva e recuou 0,9 ponto, para 95,8 pontos, atingindo o menor nível desde junho de 2020 (75,5 pontos).

O Comércio foi o setor que melhor mostrou desempenho. De acordo com a sondagem feita pela Sebrae em parceria com a FGV, o ICOM-MPE (Índice de Confiança do Comércio de Micro e Pequenas Empresas) cresceu 11,6 pontos, em abril, passando de 68,3 pontos para 79,9 pontos. Essa recuperação no mês representa mais do que a metade da queda ocorrida em março de 2021 (21,6 pontos).

Depois de duas quedas seguidas, o setor de serviços deu sinais de reação. O ICS-MPE (Índice de Confiança de Serviços de Micro e Pequenas Empresas) avançou 4,6 pontos e atingiu o valor de 79,7 pontos, mas ainda se mantém em nível baixo historicamente. Esse aumento da confiança dos empreendedores do setor se deve a uma melhora das expectativas de curto prazo.