Policial

Compristas voltam a ser alvo de bandidos

Em três dias, dois assaltos foram registrados na BR-277, um em Santa Tereza do Oeste, na quinta-feira, e outro na manhã de sábado, em Cascavel

Cascavel – Bastante comuns pela proximidade com a fronteira, os assaltos a compristas voltaram a assustar quem viaja pelas estradas de Cascavel e região para retornarem a seus destinos. Em três dias, dois assaltos foram registrados na BR-277, um em Santa Tereza do Oeste, na quinta-feira, e outro na manhã de sábado, em Cascavel.

Na situação registrada ontem, os marginais se passaram por policiais civis para efetuar o roubo. As vítimas seguiam de carro pela rodovia quando foram abordadas pelos criminosos nas proximidades do Contorno Oeste. O bando estava em um Chevrolet Astra, de cor preta, utilizando roupas pretas e coletes à prova de bala.

O grupo de compristas foi levado até uma estrada rural, onde os bandidos descarregaram as mercadorias do Ford Escort e as colocaram no Astra, fugindo logo em seguida. De acordo com as vítimas, foram roubados cerca de R$ 10 mil em produtos. Os compristas retornavam do Paraguai para Minas Gerais.

Em Santa Tereza, as vítimas estavam em um Fiat Palio quando foram abordadas pelos marginais em um Honda Civic. Eles atiraram para forçar o condutor a parar. Duas das vítimas conseguiram fugir, enquanto a terceira foi feita refém. Os criminosos fugiram levando o Palio com cerca de R$ 6 mil em mercadorias trazidas do Paraguai.

Os assaltos a compristas e sacoleiros não são novidade na região. O grande fluxo de pessoas que viaja até o Paraguai para realizar compras chamou a atenção das quadrilhas. Os bandos visam, principalmente, ônibus carregados com mercadorias e agem geralmente na madrugada.

Mostrando-se bastante lucrativo, este tipo de assalto atraiu até mesmo policiais. Em 2014, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Duster contra uma quadrilha comandada por policiais civis que atuava na BR-369, entre Corbélia e Ubiratã. O nome faz referência às viaturas utilizadas pelos bandidos para abordar as vítimas. O bando chegava a faturar R$ 30 mil por semana, segundo investigações.