Cotidiano

Compradores lotam loja de suvenir da Trump Tower

NOVA YORK – Bailey White, de 13 anos, esperava pacientemente com seu irmão Keaton em uma fila da loja de suvenir dentro da Trump Tower nesta quarta-feira na Quinta Avenida de Nova York, cada um com um cachorro de pelúcia chamado Charlie, que custava 35 dólares. O beagle, com um monograma de Trump, foi fabricado seguindo o modelo da mascote de Eric Trump, filho do presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump. Este era um dos poucos artigos que estavam nas prateleiras da loja, onde se esgotaram as camisetas vermelhas com o lema da campanha “Make America great again”.

Bailey e Keaton, de dez anos, estavam contentes com a eleição de Trump. Os meninos, que tinham viajado da Flórida para Nova York para o desfile do Dia de Ação de Graças, disseram que eram grandes seguidores de Donald Trump, principalmente pelo compromisso do empresário de reduzir a imigração ilegal. Ou, como disse o irmão menor, “evitar que os ruins entrem em nosso país”.

Enquanto o comércio próximo têm que lidar com a segurança extra e as multidões em torno da Trump Tower, que teve suas vendas reduzidas no fim de semana mais ativo de compras na Quinta Avenida, as lembranças alusivas à campanha de Trump desapareceram das prateleiras da loja de suvenir do magnata.

Em somente uma hora, um repórter da Reuters contou que ao menos cem pessoas entraram na loja localizada no subsolo da Trump Tower para comprar bonés, prendedores e outros artigos. Muitos se sentiram decepcionados ao saberem que havia se esgotado o boné vermelho com a frase “Make America great again”, cujo valor chega a 30 dólares, assim como todas as camisetas da campanha.

Quando perguntado se o número de visitantes dentro da Trump Tower havia aumentado desde a eleição presidencial, um guarda da segurança do prédio disse:

? Cem por cento.

Fora da Trump Tower, onde algumas das mais famosas grifes do mundo pagam um aluguel mais caro que em quase qualquer outra cidade, os compradores tiveram que lutar com as medidas de segurança e as enfrentaram multidões para entrar na loja da Gucci ou na exclusiva joalheria Tiffany & Co.

Rosalia Betancourt, de 69 anos, visitou pela primeira vez a Trump Tower dois dias depois que o magnata foi eleito presidente em busca do boné vermelho, mas o artigo já havia se esgotado. Quando Betancourt, que se mudou da Venezuela para Nova York há mais de quatro décadas, enfrentou na quarta-feira multidões de turistas, teve que ir embora de novo com as mãos vazias.

? Está bem. Vou ter que comprar pela internet, só tem que ser da cor vermelha.

Por sua vez, Sari Nielsen, de 71 anos, esperava no Trump Café, ao lado da loja, que a multidão se dissipasse.

? Quero comprar para o meu sobrinho Pete um boné de golfe de Trump pelo Dia de Ação de Graças ? disse Nielsen, que se mudou da Argentina para Nova York em 1975.

Os compradores também tinham a opção de comprar mantas, bolsas, perfumes, caramelos, livros escritos por membros da família e mais artigos relacionados a Trump.