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Companhia aérea que levava Chapecoense é especializada em transporte de times de futebol

RIO – A companhia que levava a equipe do Chapecoense até o Aeroporto Internacional de Medellín, Lamia (Línea Aérea Mérida Internacional de Aviación), é uma pequena empresa de capital venezuelano surgida no estado de Mérida, na Venezuela, em 2009. Nos últimos dois anos, sua especialidade vinha sendo o transporte, em voos fretados, de times de futebol sul-americanos e da Bolívia.

Sua frota se resume a dois aviões British-Aerospace BAE-Avro 146, com quatro turbinas e capacidade para 90 passageiros. Eles foram adquiridos em fevereiro e março de 2014 já com ?idade? de 16,6 e 17,6 anos. A BAE deixou de produzir o modelo em 2001.

A Lamia já transportou vários times de futebol latino-americanos, devido ao seu custo baixo e à flexibilidade de voos fretados. Segundo registra o seu site oficial, ?a Lamia Corporation tem como atividades principais a prestação de serviços aéreos comerciais, transportes aéreos não regulares de passageiros, correspondência e carga, tanto nacional quanto internacional, para instituições corporativas, particulares e governamentais e aeronáuticas, com a utilização de aviões e helicópteros de tipo e configuração aprovados pela autoridade aeronáutica da Bolívia?.

O voo que levava o time brasileiro partiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, porque a operação dele a partir do Brasil havia sido proibida pela Agência Nacional de Aviação (ANAC). Em nota, a agência afirmou que a Lamia solicitou autorização de voo para o transporte do time para partir para a Colômbia na segunda-feira.

“O pedido foi negado com base no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer) e na Convenção de Chicago, que trata dos acordos de serviços aéreos entre os países. O acordo com a Bolívia, país originário da companhia aérea Lamia, não prevê operações como a solicitada”, destacou a nota.

“Complementando a negativa do pedido, a ANAC informou ao solicitante do voo que o transporte poderia ser realizado por empresa aérea brasileira e/ou colombiana, conforme a escolha do contratante do serviço, nos termos dos acordos internacionais em vigor”, complementou a agência.