Saúde

Como ativar as proteínas da longevidade

Essas proteínas atuam na preservação dos tecidos do corpo

Como ativar as proteínas da longevidade

Você já ouviu falar em sirtuínas? As sirtuínas (SIRTs) são enzimas encontradas em diferentes compartimentos das células que desempenham papéis importantes em diversas funções celulares e biológicas. Estudos apontam, por exemplo, que as SIRTs estão diretamente ligadas à extensão da vida celular e da longevidade. “As sirtuínas são um conjunto de enzimas que regulam a atividade dos genes responsáveis por processos metabólicos relacionados à reprodução e defesa das células. Dessa forma, as SIRTs atuam na preservação dos tecidos do corpo, assim atrasando o envelhecimento e prevenindo doenças ligadas à idade, como o Alzheimer”, explica o pesquisador em Cosmetologia Lucas Portilho, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma.

Porém, segundo o especialista, o papel dessas proteínas no combate ao envelhecimento cutâneo ainda não está totalmente esclarecido, sendo alvo de muitas investigações. Pesquisas demonstram, por exemplo, que as SIRTs participam de eventos desencadeados pela radiação UVA e UVB, o que sugere que as enzimas são participantes chave no fotoenvelhecimento. “Estudos apontam também que o estresse oxidativo, um dos principais desencadeadores do envelhecimento cutâneo, está correlacionado com uma redução dos níveis de SIRT-1 nos queratinócitos. Sabe-se ainda que este tipo de sirtuína atua na inibição da degradação de colágeno e que a SIRT-3 tem um papel na manutenção cutânea através da diferenciação induzida pelo estresse oxidativo, um processo crucial para a regeneração da pele e importante em doenças cutâneas”, afirma.

Apesar dos estudos nesta área ainda estarem caminhando, a descoberta do papel notório das sirtuínas na promoção da longevidade celular fez com que rapidamente se procurassem substâncias que fossem ativadoras destas enzimas. “Por exemplo, o resveratrol, substância que pode ser encontrada em vinhos e diversos cosméticos disponíveis no mercado, é comprovadamente um ativador da SIRT-1. Dessa forma, o polifenol é capaz de inibir a expressão das enzimas MMP-1 e MMP-9, responsáveis pela degradação do colágeno”, destaca o pesquisador. “Além disso, ativos como NR Nobel e Resverevine, que podem ser encontrados em dermocosméticos manipulados, também apresentam resultados muito positivos na ativação das sirtuínas.”

Segundo a dermatologista Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o uso desses ingredientes que estimulam e biomimetizam a ação das sirtuínas, principalmente durante a noite, são fundamentais para que não ocorra o envelhecimento precoce das células e, consequentemente, da pele, pois estas substâncias também ajudam a melhorar e controlar o encurtamento dos telômeros, trechos de DNA encontrados nas extremidades dos cromossomos que estão diretamente relacionados ao processo de envelhecimento. “Dessa forma há a melhora da elasticidade, firmeza, hidratação, lubrificação e preservação da pele por muito mais tempo”.