Cotidiano

Comissão quer apoio de prefeitos eleitos

O roteiro é o mais antigo do Brasil, tem extensão de 300 quilômetros e costuma ser percorrido em seis dias ? média de 50 quilômetros por dia

Matelândia – Uma comissão vai cumprir nos próximos dias etapa importante para tirar do papel o projeto de implantação de uma ciclovia entre Cascavel e Foz do Iguaçu, margeando o Parque Nacional do Iguaçu. Ela vai visitar prefeitos eleitos e reeleitos no dia 2 de outubro, explicar sobre o projeto e pedir apoio. Esse é um dos principais encaminhamentos tirados de encontro no fim de semana, em Matelândia, sobre novas rotas turísticas para o Oeste do Paraná. A reunião contou com a presença de líderes dos mais diversos setores e foi organizada pela Itaipu, Adetur, Acic, Fundação PTI e outros parceiros.

Experiências bem-sucedidas de turismo regional foram apresentadas, abrindo um amplo leque de possibilidades para fortalecer a implantação de rotas de turismo alternativas em cidades da região. Um dos exemplos mais inspiradores foi o circuito conhecido por Vale Europeu, que atrai praticantes do cicloturismo de vários lugares do País e até do exterior. O roteiro é o mais antigo do Brasil, tem extensão de 300 quilômetros e costuma ser percorrido em seis dias – média de 50 quilômetros por dia.

O circuito percorre nove municípios catarinenses – Timbó, Pomerode, Indaial, Ascurra, Apiúna, Rodeio, Benedito Novo, Doutor Pedrinho e Rio dos Cedros (na região de Jaraguá do Sul). O percurso é feito em estradas de terra e há diversos recursos que dão suporte aos adeptos do esporte, como restaurantes, hotéis e pousadas.

O sucesso do roteiro é tão grande que ele já serviu de modelo a outros por diversas regiões do País. “Percebemos que há grande potencial, semelhante ao catarinense, aqui no Oeste do Paraná e precisamos aproveitá-lo”, diz o ex-presidente da Acic e praticante de ciclismo, José Torres Sobrinho.

166 km

Uma equipe de técnicos da Itaipu já percorreu o caminho em que seria implantada a rota entre Cascavel e Foz do Iguaçu, totalizando 166 quilômetros. O trajeto foi mapeado e georreferenciado por imagens de satélite. Boa parte dele já existe e em alguns pontos são necessários ajustes para que o caminho possa ser percorrido, na beira do parque, sem interrupções. A ciclovia, que também poderia ser utilizada para cavalgadas e caminhadas, conta com o apoio de órgãos ambientais que entendem que essa integração com a natureza é importante.

No trajeto, além de Cascavel e Foz do Iguaçu, a trilha seria percorrida também nos territórios de Santa Tereza do Oeste, Céu Azul, Matelândia, Medianeira, Serranópolis do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu. “Contar com apoio dos prefeitos eleitos e dos reeleitos, a fim de que o traçado possa ser liberado, é fundamental para ajudar a viabilizar um projeto que poderá, a exemplo de outras atrações, fortalecer o nome e a imagem do Oeste do Paraná no Brasil e também em outros países”, afirma o atual presidente da Acic, Alci Rotta Júnior.

“Já avançamos muito e mais parceiros se unem a um projeto que fará bem a todo o Estado”, diz o analista de projetos da Fundação PTI (Parque Tecnológico de Itaipu), Marcel Bonfada. Outra característica do projeto em amadurecimento é a preservação do trajeto original e histórico da antiga estrada que fazia a ligação entre Foz do Iguaçu e Guarapuava. “Queremos aproveitar o potencial turístico e os serviços prestados na região para que, dessa maneira, o turista conheça a cultura local e não trate o caminho apenas como uma passagem”, afirma Marcel.