Política

Comissão de olho em parque

A Comissão de Viação e Obras Públicas da Câmara de Vereadores de Cascavel pretende investigar uma troca de materiais previstos para o EcoParque Morumbi. O Legislativo já encaminhou requerimento à prefeitura, solicitando informações, e deve fazer visitas à obra, que fica na Rua Europa. O Eco parque está em fase de construção e vai custar R$ 16,9 milhões.

Isso porque a empresa fez uma troca de materiais durante a construção de uma ponte. O que foi previsto em estrutura metálica, foi feito de concreto, e os boatos que corriam era de que a estrutura era bem mais barata do que a prevista em contrato. A informação extraoficial é de que a empresa que ganhou a licitação está em recuperação judicial e, consequentemente, com dificuldade para receber alguns materiais. Por falta do material que estava em contrato, a empresa teria pedido à prefeitura a troca e começou as obras sem a administração autorizar.

Coincidentemente, consultores do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) estiveram em Cascavel para vistoriar a obra. Assim como a construção do Terminal Leste e as obras já concluídas da Avenida Barão do Rio Branco. Segundo a Secretaria de Planejamento, as visitas são periódicas.

A informação oficial da prefeitura é de que houve, de fato, uma solicitação para substituir a tubulação de aço da marca ARMCO, do processo licitatório, por uma de concreto. A solicitação foi feita pela empresa Contersolo, que ganhou o processo. Houve uma justificativa e pareceres favoráveis das secretarias de Obras e de Planejamento, mas apenas em uma tramitação interna, sem que houvesse um pedido de aditivo ao prefeito.

Pedido

O pedido de substituição, segundo nota encaminhada pelo secretário de Comunicação, Ivan Zuchi, não chegou a Paranhos, embora houvesse parecer técnico favorável “A solicitação deveria partir da Secretaria de Meio Ambiente, o que não aconteceu e a empresa foi notificada por ter se antecipado e feito a troca”, explica.

De acordo com a prefeitura, não houve prejuízo ao erário porque nenhum pagamento foi efetuado pela mudança. A administração ressalta que sequer a medição da obra foi feita. “E tampouco houve qualquer ilícito, já que foram dados apenas pareceres técnicos no processo, sem autorização para troca”.

Dor de cabeça

Além de gerar uma confusão danada, teve gente do primeiro escalão que ficou indignada com a repercussão que o caso tomou, principalmente em alguns sites de notícias e grupos de redes sociais, nos quais o servidor foi chamado de corrupto e de ladrão. “Como se afirmar que houve desvio, se nós fizemos uma economia de R$ 210 mil? Nunca enriqueci na minha vida, não é agora que isso vai acontecer”, desabafou o funcionário de confiança, que não será exposto pela reportagem.