Cotidiano

Comissão de Ética da Presidência abre processo contra assessor de Temer

BRASÍLIA – A Comissão de Ética da Presidência (CEP) abriu nesta segunda-feira um processo para investigar suposto conflito de interesses do secretário especial de Comunicação, Márcio Freitas. Ele teria recebido R$ 240 mil de uma fundação do PMDB, partido do presidente interino Michel Temer, no ano passado, quando era assessor de Temer na vice-presidência.

Temer

– A instância partidária tem interesses que não podem ser confundidos. Não pode haver confusão entre público e privado – disse o presidente da CEP, Mauro Menezes.

Márcio Freitas terá dez dias para manifestar-se à comissão, que abriu o procedimento ético por conta própria. Se for constatado conflito de interesses pelo colegiado, o secretário especial de Comunicação poderá receber de uma advertência até uma recomendação para que ele deixe o cargo. O posto dele é o mais alto na relação do Planalto com a imprensa. No governo da presidente afastada Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, a secretaria de imprensa tinha status de ministério.

Segundo o jornal “Folha de S. Paulo” neste domingo, o assessor recebeu no ano passado pagamentos mensais de R$ 20 mil da Fundação Ulysses Guimarães, um braço teórico peemedebista, que tem Freitas como sócio-proprietário. No período, ele recebeu salário de assessor da vice-presidência. Márcio Freitas entregava à fundação análises políticas de três páginas por mês, ainda segundo a reportagem.