Economia

Comércio paranaense encerra 2020 com tendência de crescimento

Vendas de dezembro superam as de 2019, amenizando as perdas do ano, que mesmo assim fechou com baixa de 4,57%

Fotos: Ari Dias/AEN.
Fotos: Ari Dias/AEN.

O varejo paranaense encerrou 2020 com tendência de crescimento. Segundo a Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), o mês de dezembro foi melhor do que o de 2019, com alta de 1,57%.

Os setores que tiveram desempenho superior em dezembro de 2020 na comparação com o mesmo mês de 2019 foram materiais de construção (23,96%), farmácias (14,47%), supermercados (12,87%) e móveis, decorações e utilidades domésticas (12,62%).

Em relação a novembro, houve elevação de 13,18% nas vendas, especialmente nos ramos que comercializam presentes característicos de Natal, entre eles, as lojas de vestuário e tecidos e calçados, que tiveram um salto nas vendas de 97,76% e 91,40%, respectivamente, para alívio dos comerciantes, uma vez que estes são os setores mais afetados pela pandemia. Também tiveram excelente desempenho na variação mensal as livrarias e papelarias (27,35%), supermercados (25,30%) e as lojas de departamentos (22,69%).

No entanto, a elevação nas vendas no fim de 2020 foi insuficiente para recuperar as perdas do varejo causadas pela pandemia. No acumulado do ano, a redução foi de 4,57%. Observa-se porém, que a crise provocada pelo coronavírus trouxe grandes impactos negativos para o setor do comércio paranaense, mas o resultado só não foi pior do que na crise política de 2015, quando o varejo fechou o ano com retração de 8,79%, e ainda amargou reflexos negativos no ano seguinte, que terminou em redução de 3,08%.

As perdas mais expressivas em 2020 foram registradas nos três primeiros meses de isolamento social. Mas a partir de junho, o faturamento das empresas varejistas iniciou um movimento ascendente, sendo que em setembro e outubro foi superior a 2019. Os setores mais prejudicados em 2020 foram vestuário e tecidos (-33,08%), calçados (-32,31%), livrarias e papelarias (-29,84%) e óticas, cine-foto-som (-29,19%).

Por outro lado, alguns setores conseguiram inclusive aumentar os ganhos durante a pandemia. São eles: supermercados (9,03%), móveis, decorações e utilidades domésticas (7,25%), autopeças (3,17%), farmácias (2,90%) e materiais de construção (1,78%).

Análise regional

Dentre as seis regiões pesquisadas pela Fecomércio PR, somente Ponta Grossa encerrou o ano com volume positivo de vendas, com alta de 1,18%, puxada pelos setores de materiais de construção, supermercados e autopeças.

Já a região que mais sofreu com a pandemia foi Maringá, cujo comércio teve baixa de 15,74%. Também ficaram no campo negativo as regiões Oeste (-5,11%), Sudoeste (-5,01%), Curitiba e RM (-3,31%) e Londrina (-3,17%).