Cotidiano

Com povoados arrasados, mortos por incêndio histórico chegam a dez no Chile

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]SANTIAGO ? Em meio ao maior incêndio florestal da História do Chile, o número de mortos pela catástrofe natural já chegou a dez. Um bombeiro morreu na quinta-feira por conta das violentas chamas que avançam pelo centro e pelo sul do país. Enquanto isso, milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas e alguns povoados ficaram totalmente arrasados. Cinco pessoas foram detidas sob suspeita de terem iniciado alguns dos focos do incêndio.

Os incêndios são alimentados pelos fortes ventos, as altas temperaturas e uma seca persistente. Em pouco mais de uma semana, já foram devorados pelas chamas mais de 290 mil hectares em sete regiões do país. Esta é uma tragédia ambiental sem precedentes para os chilenos.

O bombeiro Juan Eduardo Bizama faleceu na localidade de Niquén, na região do Bio Bío (550 quilômetros ao sul de Santiago). Uma árvore caiu em cima do veículo que ele dirigia. Seu colega de trabalho, que também estava no local, ficou gravemente ferido, segundo autoridades regionais.

Além de Bizama, morreram um bombeiro voluntário, dois policiais, três brigadistas e três habitantes de zonas afetadas pelo incêndio, segundo o governo. No Chile, todos os bombeiros são voluntários, com exceção dos florestais.

Cerca de 4 mil pessoas foram retiradas das suas casas por bombeiros e policiais, em uma medida de segurança. Enquanto isso, os incêndios continuam a avançar descontrolados, ameaçando dezenas de povoados rurais em ao menos três regiões do país.

? Lamentavelmente, o fogo chegou a lugares como o povoado Santa Olga. Felizmente, foi possível retirar todas as pessoas e não temos perdas a lamentar, salvo as perdas materiais ? informou a presidente chilena, Michelle Bachelet, em entrevista coletiva.

De acordo com o Ministério do Interior, a superfície afetada por incêndios ultrapassa em mais de 2 mil % o registro da temporada passada. Estes poderosos incêndios ainda não atingiram cidades grandes, e só afetaram povoados rurais onde vivem, em sua maioria, agricultores e criadores de gado. As grandes empresas florestais também foram afetadas, principalmente na região do Maulle, onde o fogo consumiu mais de 160 mil hectares.